EDUCAÇÃO

Sindicato patronal não quer negociar agora

Da redação / Publicado em 24 de outubro de 1999

O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Estado do Rio Grande do Sul (Sinepe/RS) agendou uma reunião com o Sinpro/RS para o dia 28 de setembro, invocando a cláusula 58 da Convenção de Trabalho dos professores -reabertura de negociações. No encontro, se limitou a informar que não está disposto a atender a reivindicação dos professores de remuneração da Hora-Atividade (jornadade trabalho extraclasse realizada pelo professor para a preparação de aula, correção de provas, entre outras atividades).

A reunião foi marcado depois de os professores decidirem, em assembléia geral no dia 28 de agosto, dar um prazo até 15 de outubro, Dia do Professor, para o Sinepe/RS apresentar uma proposta concreta de remuneração do trabalho extra-classe. Passado o prazo, a categoria autorizou o Sinpro/RS a iniciar o ajuizamento de açõescoletivas contra as escolas que não pagam a Hora-Atividade. “O sindicato patronal nos convidou para reabertura de negociações e, no entanto, apenas comunicou a indisponibilidade em negociar a remuneração do trabalho extraclasse”, conta Cecília Bujes, diretora do Sinpro/ RS. O reconhecimento e pagamento dessa jornada de trabalho é uma das principais reivindicações da categoria nos três últimos anos.

“O Sinepe manifestou muito mais uma postura de irritação, do que de disposição para chegar a um acordo”, observa Marcos Fuhr, diretor do Sinpro/ RS. “Estamos esgotando todas as possibilidades de uma solução negociada para o problema”.

Em agosto, o Sinpro/RS realizou um plebiscito para avaliar o ajuizamento de ações contra as escolas que não remuneram a Hora-Atividade. A maioria absoluta que retornou a carta-resposta apoiou a iniciativa de recorrer à Justiça para garantir este direito.

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