EDUCAÇÃO

Trabalho dimensionado

Publicado em 31 de agosto de 2001

O Sinpro/RS já está tabulando o número de horas trabalhadas em atividades extraclasse pelos professores entre os dias 15 de junho e 15 de julho. Os dados foram preenchidos em um calendário carta-resposta enviado pelo Sindicato a todos os associados. Essas informações serão apresentadas nas reuniões da comissão paritária, instituída pela Convenção Coletiva de Trabalho, que está antecipando das negociações salariais as discussões sobre o assunto. A remuneração do trabalho extraclasse realizado pelo professor, como preparação de aula e correção de provas é uma luta histórica dos professores do ensino privado gaúcho. Abaixo, alguns depoimentos dos professores sobre este trabalho, ainda não remunerado.

“A competência do professor em sala de aula está na relação direta do trabalho realizado em casa”.
Maria de Lourdes Brondani D´Avila, PUCRS, Uruguaiana

“O trabalho extraclasse é de grande importância. É o momento em que o professor reflete sobre seu trabalho e busca novos conhecimentos para aprimorar a prática docente. A hora-atividade deveria ter a mesma remuneração ou no mínimo 50% do valor da hora normal. Este trabalho é tão importante quanto o trabalho em sala de aula”.
Andre Pedrozzini Brandi, Instituto Mariano da Rocha, Santa Maria

“A Hora-Atividade é um trabalho muito importante porque garante um bom desempenho do professor em sala de aula. Esta preparação dá o suporte da atividade realizada diretamente com o aluno. O professor precisa ser remunerado por esta jornada de trabalho fora da sala de aula. Esse trabalho é muito volumoso”.
Rejane Elisa Beys da Silva, Colégio Anchieta, Porto Alegre

“Não reconhecer a hora-atividade do professor é desconsiderar a dedicação deste profissional. Todos juntos precisamos exigir de nossas instituições o pagamento de nosso direito, já reconhecido pela nova LDB”.
Melissa Trevisol Hesse, Colégio Sinodal Gustavo Adolfo, Lajeado

“O pagamento da hora-atividade é um direito que a própria LDB nos assegura. Por que nossas direções e mantenedoras se negam a pagá-la. Que prazer tem em ver o professor castigado com tarefas pelas quais não recebe?”. Odila Vicenta Riberio, Colégio Sinodal Gustavo Adolfo, Lajeado

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