EDUCAÇÃO

Sinpro/RS pede penhora de terreno da Ulbra

Publicado em 13 de abril de 2002

ULBRA

O Sinpro/RS denunciou, no dia 12 de março, junto a 1ª Vara do Trabalho de Canoas, o descumprimento do acordo firmado com a Ulbra, em 31 de janeiro, para pagamento dos salários de férias e das multas pelos atrasos no pagamento dos salários dos professores. Na mesma ocasião, o Sindicato pediu a execução da penhora do terreno dado como garantia no mesmo acordo, no valor estimado de R$ 12 milhões.

A medida foi adotada depois que a Universidade não cumpriu o prazo de 5 de março para o pagamento da parcela de 40% das multas, referentes a salários em atraso. No fechamento dessa edição do Extra Classe, a 1ª Vara de Canoas havia realizado a expedição de carta precatória para uma das varas de Porto Alegre com o objetivo de formalizar a penhora do terreno, medida que antecede o leilão.

“Lamentamos a postura desrespeitosa da Ulbra em relação aos seus acordos e não mediremos esforços para que seja cumprida a decisão judicial”, afirmou o diretor do Sinpro/RS, Marcos Fuhr. Segundo ele, não foram cumpridas as outras duas cláusulas do acordo: o pagamento do saldo do salário de férias nas datas estipuladas, 8 e 11 de fevereiro (só foi pago no dia 25 daquele mês); e o desconto nas mensalidades dos dependentes, calculado de acordo com os valores efetivamente praticados pela instituição.

Demissões – No final de fevereiro, a Universidade demitiu três professores que participaram da assembléia geral dos professores da Ulbra, realizada pelo Sinpro/RS no dia 22 de fevereiro, com o objetivo de relatar as iniciativas do sindicato frente aos problemas de atrasos salariais praticados pela instituição. “O Sindicato tentou de todas as formas reverter as demissões e só deu publicidade ao fato depois de esgotadas todas as tentativas de readmissão dos docentes”, observa Marcos Fuhr. Segundo ele, interlocutores na reitoria da Ulbra não se fizeram de rogados em defender o direito de demitir os professores que falam “mal da instituição”. “Essa política da Ulbra é incompatível com a ordem democrática vigente no país e enseja o nosso mais veemente repúdio”, assinalou o Sindicato em Apedido publicado na imprensa.

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