EDUCAÇÃO

Problemas na EaD: professores pedem a punição dos responsáveis

Publicado em 28 de agosto de 2011

Os professores da Ulbra realizaram assembleia no dia 15 de julho, no campus Canoas, para avaliar as denúncias de irregularidades na Educação a Distância (EaD) da instituição, que motivaram a instauração de inquérito pela Polícia Federal. Convocada emergencialmente pelo Sinpro/RS e pela Associação de Docentes (Adulbra), a assembleia reuniu um grande número de docentes, apesar do período de início do recesso escolar. Após manifestações de professores, que denunciaram a sua exclusão do trabalho de correção de provas, e declarações dos demais docentes em desagravo aos colegas da EaD, a assembleia aprovou um conjunto de Resoluções no qual a categoria reivindica também a punição dos responsáveis pelos problemas da EaD (íntegra das Resoluções ao lado).

“As irregularidades na avaliação de alunos da EaD de forma alguma podem ser imputadas aos docentes em atividade nesta modalidade de ensino da Ulbra”, afirma Marcos Fuhr, diretor do Sinpro/RS. Conforme o dirigente, essa modalidade de ensino é uma área especialmente conturbada, no âmbito da instituição, constituindo-se desde os tempos da antiga Reitoria em foco de disputas que, agora, se acirraram interna e externamente. “Lamentamos que, por falta de firmeza e agilidade de decisão em prol das mudanças necessárias, a Celsp/Ulbra não consiga superar a marca histórica de referências negativas que acometem a instituição e suas ofertas educacionais”, critica Fuhr.

Resoluções

Em virtude dos recentes acontecimentos, em especial os problemas na EaD, e a perspectiva frente ao processo de reestruturação institucional em vias de definição, após análise dos fatos e discussão de entendimentos, os professores da Ulbra consideraram e decidiram:

− Manifestar total apoio à apuração policial e institucional dos fatos relativos aos problemas na EaD com vistas à identificação dos responsáveis por eventuais fraudes e/ou irregularidades que afrontem a lei e as normativas educacionais.

− Exigir a punição daqueles que conceberam, decidiram e emitiram ordens administrativas que impuseram danos à imagem da Universidade e de seu corpo docente.

− Manifestar absoluta solidariedade aos professores que atuam na EaD da Ulbra e considerar que sua atuação em momento algum deu margem para os problemas ora sob investigação e denúncia pública.

− Enfatizar, face ao processo de reestruturação institucional em vias de definição, a defesa da preservação dos contratos de trabalho e do projeto acadêmico da Ulbra.

− Defender a preservação da Ulbra como instituição educacional, espaço de trabalho para os seus funcionários e professores e de estudo para os milhares de alunos que por ela optaram para a sua formação.

− Manifestar veemente contrariedade com a possibilidade de integração da especulação financeira na solução do problema da Celsp/Ulbra.

− Manifestar expectativa e apoio à reestruturação institucional, com vistas ao equacionamento dos passivos, que integre tão somente os atuais devedores e credores.

Canoas, 15 de julho de 2011.

CENASA – Os professores dos Colégios Luterano da Paz e Luterano São Paulo, mantidos pelo Cenasa, de Porto Alegre, ficaram com seus salários parcialmente atrasados, mais uma vez, em época de recesso letivo, descumprindo o acordo firmado com Sinpro/RS. Os docentes não receberam a integralidade do salário de junho e as reuniões pedagógicas de julho foram canceladas. Há três anos, o Cenasa tem Acordos Coletivos específicos com o Sinpro/RS definindo cronograma próprio de pagamentos com garantia de multas. O último Acordo foi assinado em abril. “Mesmo assim a situação de atraso se mantém. E o Sindicato tem dificuldade de estabelecer interlocução com os dirigentes do Cenasa para os esclarecimentos necessários”, afirma Marcos Fuhr, diretor do Sinpro/RS. Além das duas escolas, o Cenasa, ligado à Igreja Luterana, mantém o Semear, instituição de caráter assistencial para famílias em situação de risco social e econômico e o Lar Ebenézer, dedicado a idosos. Para Fuhr, a falta de foco está dificultando a administração do Centro e aprofundando a crise. A direção do Cenasa foi procurada pelo Extra Classe, mas não houve retorno para esclarecimentos.

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