EDUCAÇÃO

Professores defendem autonomia e previsão orçamentária à Uergs

Publicado em 21 de julho de 2013
Foto: Marina Lovato/ Agência ALRS

Marina Lovato/ Agência ALRS

Audiência pública realizada nas comissões de Educação e Serviços da AL

Marina Lovato/ Agência ALRS

A situação da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) foi debatida em Audiência Pública conjunta das comissões de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia; e Segurança e Serviços Públicos, da Assembleia Legislativa, na manhã do dia 25 último. O principal encaminhamento dos deputados da base do governo, ao final da audiência, marcada por protestos e pressão de professores e funcionários técnicos e administrativos da instituição, foi a previsão orçamentária para a Uergs.

Os parlamentares se comprometeram em regulamentar a Emenda Constitucional de autoria do deputado Raul Pont (PT) aprovada em plenário, que destina 0,5% da receita líquida dos impostos do Estado ao ensino superior comunitário. “Não há como planejar uma instituição de ensino sem previsão orçamentária. Hoje a Uergs não tem como projetar o ano de 2013 em termos de implantação de novos cursos, expansão ou investimento”, protestou Fernando Guaragna, reitor da instituição. Em resposta aos protestos, ele assegurou aos professores e estudantes que não serão fechadas unidades da Uergs no estado. Com a eventual inclusão da Universidade na peça orçamentária, as receitas passariam dos atuais R$ 49 milhões para mais de R$ 100 milhões anuais. O debate contou ainda com a participação do chefe de gabinete do governador, Ricardo Zamora; do presidente da Aduergs, Paulo Vargas Groeff; do diretor técnico da Secretaria de Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (SCIT), Luciano Andreatta; da presidente da Assuergs, Ana Librelotto; do representante do Conselho Estadual de Educação, Ruben Goldmeyer; do presidente da Comissão Pró-DCE da Uergs, Tiago Duarte; e dos diretores do Sinpro/RS Amarildo Cenci, Cecília Farias e Celso Stefanoski.

“O orçamento anual da Uergs é o menor das universidades estaduais do país, de R$ 49 milhões, enquanto as verbas para a Universidade Estadual da Bahia são de R$ 140 milhões”, comparou Amarildo Cenci. Para o dirigente do Sinpro/RS, a meta de 300 professores prevista no PDI deve ser cumprida com urgência, assim como a Uergs precisa definir sua estratégia. “Como que a Universidade Estadual, criada para ser um instrumento de desenvolvimento de um estado agrícola, não tem curso de Agronomia?”, indagou.

O reitor da Uergs reconheceu que, nos últimos dois anos, a Universidade ampliou o número de professores de 116 para 200 e de funcionários, de 110 para 150, mas contrapôs que houve crescimento de 40% no número de alunos. Guaragna ressaltou que a previsão orçamentária é imprescindível para o planejamento da instituição. “Não temos ainda como planejar nosso futuro porque não temos previsão orçamentária para 2014. Isso nos dificulta aprovar demandas de novos cursos”, alertou. “Autonomia e orçamento são a estratégia e o futuro da Uergs”, destacou o deputado Adão Villaverde (PT).

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