GERAL

Direito ao ócio

Publicado em 14 de novembro de 2013

Gostaria de parabenizar o jornal Extra Classe pela competência acerca das reflexões em torno do trabalho do professor e das doenças oriundas da atividade, muitas vezes exaustivas, de ensinar – Especial Qualidade de Vida, na edição de outubro de 2013. Refiro ainda a dedicação plena ao trabalho e muitas vezes o esquecimento de si e dos outros em detrimento das demandas cada vez maiores de nossa profissão. Tenho muito carinho pelos profissionais que levam a sério a difícil arte de ensinar/ fazer pensar/desenvolver…

Fui tocado pelo Tempo pra Pensar, justamente porque pude refletir sobre os meus próprios limites, sobre a minha vida e minhas prioridades. Nós, professores, devemos nos dar conta de que o ócio faz vibrar a vida, que a relação que perdemos com o outro não nos faz crescer como seres humanos. Pablo Picasso diz: “Há pessoas que transformam o sol em uma simples mancha amarela, mas há aqueles que fazem de uma simples mancha o próprio sol”. Podemos customizar a educação sem perder a nossa identidade. Podemos ser transformadores, ressignificando nossas vidas.

Podemos reconhecer a importância que tem a educação sem esquecer que não somos super-heróis ou inatingíveis. Agradeço em nome de todos os professores pelo momento de reflexão sobre o direito ao descanso, à preguiça, ao ócio, ao lazer, ao não trabalho, ao tempo livre, enfim… ao viver sem culpas.

Djalma Oliveira – Professor – Porto Alegre – RS

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