MOVIMENTO

Dia de luta prepara greve geral

Centrais sindicais e as entidades que integram as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo se manifestaram contra as reformas trabalhista e da previdência anunciadas pelo governo Temer
Da redação / Publicado em 22 de setembro de 2016

Dia de luta prepara greve geral

Foto: Igor Sperotto

Foto: Igor Sperotto

Bloqueio de ônibus coletivos nas saídas das garagens, assembleias nas portas de locais de trabalho, passeatas e manifestações foram realizadas nesta quinta-feira, 22, pelas principais centrais sindicais do Brasil – CUT, CTB, UGT, Força, NCST, CSP-Conlutas e Intersindical –, e as entidades que formam as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, contra as reformas trabalhista e da previdência social que vem sendo anunciadas pelo governo Temer.

O Dia Nacional de Lutas, Protestos e Paralisação é considerado pelos sindicalistas como preparação de uma greve geral, caso se faça necessária, contra retrocesso sociais e do mundo do trabalho. Entre as ameaças, destacam a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que congela os gastos públicos em áreas como saúde e educação, e projetos de flexibilização da legislação trabalhista, reforma da Previdência e liberação para terceirizações em todas as atividades.

“Além das dezenas de projetos no Congresso Nacional que preveem a flexibilização de direitos, vários ministros do governo Temer falam em outras propostas que tiram direitos da classe trabalhadora, como a reforma da Previdência, com idade mínima de 65 anos e redução de benefício; e mudanças na Lei trabalhista para permitir acordos de redução de salários, 13º e fatiamento das férias”, expõe o presidente da CUT/RS, Claudir Nespolo. “O futuro dos brasileiros está em risco e não vamos entrar para a história como acovardados. Vamos lutar para defender os nossos direitos para as próximas gerações”.

As centrais sindicais defendem um projeto de desenvolvimento com geração de emprego e distribuição de renda, trabalho decente, aposentadoria digna e a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário.

Mobilização e resistência
Categorias em campanhas salariais somaram-se às manifestações, como os sindicatos de bancários, trabalhadores da Petrobras, professores públicos e profissionais da saúde.

No Rio Grande do Sul, os manifestantes realizaram protestos nas maiores cidades. Em Porto Alegre, bloquearam na madrugada a saída dos ônibus coletivos das garagens das empresas Nortran, VTC, Trevo, Sudeste, Sopal e Carris, e, por volta das 8h, seguiram em caminhada até o centro da cidade, onde aconteceu um ato público. Juntaram-se à mobilização o funcionalismo público estadual e os bancários em greve. Para as 18h, a Frente de Luta Contra o Golpe convocou um ato, a partir das 18 horas, na Esquina Democrática, no centro da Capital.

Entre as ameaças, destacam a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que congela os gastos públicos em áreas como saúde e educação, e projetos de flexibilização da legislação trabalhista, reforma da Previdência e liberação para terceirizações em todas as atividades

Foto: Igor Sperotto

Entre as ameaças, destacam a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que congela os gastos públicos em áreas como saúde e educação, e projetos de flexibilização da legislação trabalhista, reforma da Previdência e liberação para terceirizações em todas as atividades

Foto: Igor Sperotto

Em São Paulo, os trabalhadores iniciaram uma concentração, às 11h, na frente da Federação das Indústrias (Fiesp), na avenida Paulista, Capital, e entregaram a diretores da Fiesp a pauta em defesa dos direitos sociais e trabalhistas. À tarde, os manifestantes se reuniram em frente ao Vão Livre do Masp, onde os professores da Rede Pública Estadual estão reunidos em assembleia; para um grande ato público.

Em Brasília, no Distrito Federal, atos e assembleias foram realizadas durante todo dia, em frente da Esplanada dos Ministérios; Câmara Legislativa; Palácio do Buriti, Tribunal de Contas, Museu da República e Congresso Nacional.

Também ocorreram protestos e manifestações em outros 22 estados: Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espirito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.

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