MOVIMENTO

Ato no aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre

Dezenas de sindicalistas e representantes do movimento social se concentraram no saguão de embarque alertando sobre a ameaça que representa a proposta de reforma da Previdência à aposentadoria
Valéria Ochôa / Publicado em 5 de dezembro de 2017

Foto: Valéria Ochôa

Sindicalistas afirmam que proposta do governo é perversa para os trabalhadores

Foto: Valéria Ochôa

Ato no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), na madrugada desta terça-feira, 5, deu início às manifestações públicas no Rio Grande do Sul do Dia Nacional de Luta contra a Reforma da Previdência, convocado pelas centrais sindicais.

Dezenas de sindicalistas e representantes do movimento social se concentraram no saguão de embarque alertando ao público sobre a ameaça que representa a proposta de reforma da Previdência à aposentadoria dos trabalhadores. “O governo diz que vai acabar com os privilégios. Mas de quem ele se refere? A proposta não mexe na alta aposentadoria de parlamentares”, critica Claudir Nespolo, presidente da CUT/RS.

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Pressão aos parlamentares para que não votem a favor da proposta do governo

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Segundo os sindicalistas, o ato do aeroporto foi realizado também para fazer pressão aos parlamentares gaúchos que estavam indo à Brasília. “Querem fazer uma reforma? Façam a reforma tributária, que garanta a desconcentração de renda”, destacou Cássio Bessa, dirigente do Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro/RS) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (Contee). Passaram pela manifestação, os deputados do Partido dos Trabalhadores (PT) Pepe Vargas e Dionilso Marcon e do Partido Republicano Brasileiro (PRB) Antônio Carlos Gomes da Silva.

O Dia Nacional de Luta contra a Reforma da Previdência foi mantido após a suspensão da greve nacional marcada para o mesmo dia em função do adiamento da votação prevista na Câmara dos Deputados para a quarta-feira, dia 6. “Temos que continuar fazendo pressão sobre o governo e os parlamentares com panfletagens, manifestações, protestos em aeroportos, denúncias da base de apoio do governo e envio de mensagens para os seus gabinetes”, afirmou Amarildo Pedro Cenci, dirigente da CUT/RS. “Mais do que nunca é fundamental permanecer em estado de alerta e reforçar a resistência e a luta para impedir a votação dessa nefasta reforma, que retira direitos básicos da classe trabalhadora”.

INSS – Após a manifestação no aeroporto, sindicalistas e trabalhadores se concentraram em frente à Rodoviária. Às 9h, sairão em caminhada até o prédio do INSS no centro de Porto Alegre para um abraço simbólico. Às 12h, realizarão um ato na Praça da Matriz, em frente ao Palácio Piratini.

Outras cidades gaúchas, de diferentes regiões, realizarão manifestações ao longo do dia:

Santa Cruz do Sul | 9h – Ato na Praça Getúlio Vargas
Erechim | A partir das 8h, durante todo o dia – manifestação em frente a Agência do INSS
Uruguaiana | 10h – Concentração na frente do Cpers/Sindicato, seguida de caminhada pelas ruas da cidade, com destino ao terminal, em frente aos bombeiros.
Rio Grande | 16h – Concentração em frente a Justiça do Trabalho, seguida de caminhada até o Largo Dr. Pio, onde será realizado um ato público.
Pelotas | 17h – Ato em frente ao mercado público
Passo Fundo | 9h30 – Concentração na Praça do Teixeirinha
10h – Ato na esquina democrática (próximo ao Banco Brasil)

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