AMBIENTE

MST quer plantar 100 milhões de árvores em 10 anos

Viveiro do MST, no município de Pontal, Região Norte do estado, deverá produzir 23 mil mudas de árvores por ano; a meta é plantar 7 milhões de árvores em uma década no RS
Por César Fraga / Publicado em 28 de outubro de 2021
Viveiro da Reforma Agraria Popular Zecã

Foto: Marlon Fragas/MST/Divulgação

Viveiro da Reforma Agrária Popular Zecão, município de Pontal (RS)

Foto: Marlon Fragas/MST/Divulgação

Na próxima sexta-feira, 29, às 13 horas, o Movimento Sem Terra do Rio Grande do Sul  (MST/RS) inaugurará o Viveiro da Reforma Agrária Popular Zecão, localizado no Instituto Educar, Assentamento Nossa Senhora Aparecida (Antiga Fazenda Annoni), área 9, no município de Pontão. Trata-se do primeiro viveiro de árvores a integrar o plano nacional de plantio de árvores e produção de alimentos saudáveis do movimento, cuja meta nacional é 100 milhões de árvores em 10 anos, sendo 7 milhões de mudas no Rio Grande do Sul. Em nota, o movimento afirma: “Vamos reflorestar o Brasil”.

O nome do viveiro é uma homenagem ao bancário José Alberto Siqueira, o Zecão, que se tornou conhecido pelo seu envolvimento e compromisso com as lutas com a classe trabalhadora: militou no PCdoB e ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores. Também foi bastante ativo na construção dos movimentos sociais do campo na região: MST, Movimento Sindical, Movimento dos Pequenos Agricultores, e organização da Comissão Pastoral da Terra.

Marlon Fragas, coordenador estadual do projeto, explica que a organização desse viveiro é do MST e terá a gestão do Instituto Educar e a direção da regional do Movimento. “A criação desse plano tem objetivo de fomentar uma educação ambiental e ao mesmo tempo ajudar a regenerar a natureza que nos mantém vivos. E com isso, se faz presente a pauta da produção de alimentos através de modelos de produção mais sustentáveis, baseados na cooperação e cuidados com o bem comum.”

Fragas destaca o simbolismo que carrega a implementação do viveiro em terras gaúchas. “A produção das mudas nos dá o poder de escolher as espécies nativas que queremos e como vinculá- las ao sistema produtivo. “Também representa o nosso compromisso quanto MST com a vida, não somente a nossa, mas a do planeta todo”, declara. Ele finaliza sua fala, enfatizando que a Reforma Agrária Popular é um projeto para o campo e a cidade”, complementa.

No dia da inauguração também ocorrerão atividades concomitantes como a comemoração dos 36 anos da ocupação da antiga Fazenda Annoni e uma homenagem ao centenário de Paulo Freire.

Comentários