CULTURA

Paulinho da Viola, um mestre na Redenção

Da Redação / Publicado em 6 de abril de 1998

O público gaúcho terá a oportunidade de assistir, no próximo dia 24 de maio, a apresentação ao ar livre de um dos artistas mais premiados no ano passado. O cantor e compositor Paulinho da Viola subirá às 11 horas em um palco especialmente montado no Parque da Redenção, em Porto Alegre, como a principal atração dos festejos do sexagéssimo aniversário do Sinpro/RS. Ele virá com integrantes da banda que o acompanham há vinte anos: seu pai César Faria (Violão), Dininho (baixo), Celsinho (pandeiro), Cabelinho e Hércules (ritmo).

A base do repertório que Paulinho irá apresentar em Porto Alegre sairá do disco Bebadosamba, que, ao ser gravado no final de 96, devolveu o artista ao mercado fonográfico após oito anos de uma ausência voluntária. Um tempo que, indiferente às pressões, Paulinho preferiu dedicar-se a shows no país e no exterior, fiel à convicção de que a volta ao estúdio deveria acontecer no momento certo. O sucesso foi tanto que o trabalho chegou a ir para as lojas com o prêmio Disco de Ouro, com mais de 150 mil cópias vendidas antes mesmo do lançamento.

Na seqüência, Paulinho da Viola elaborou e apresentou o show de mesmo nome, que abarrotou teatros no Rio, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, entre outras cidades, ganhando o prêmio de melhor disco e show pela Associação dos Produtores de Disco de São Paulo. Sendo saudado pela crítica especializada como um dos melhores trabalhos musicais da década, o CD ainda rendeu para o artista seis troféus no consagrado Prêmio Sharp, o Oscar da Música Popular Brasileira. Tanto êxito em estúdio e palco levou a gravadora BMG Ariola a lançar, no final do ano passado, um álbum duplo com o show gravado ao vivo e que ganhou o título de Bebadachama, também um sucesso de vendas.

O show de Paulinho da Viola no Parque da Redenção extrapolará o repertório de Bebadosamba. Terá interpretações antológicas para obras de autores que são considerados os mestres do samba – desde Noel Rosa até Wilson Baptista, passando por Candeia, Lupicínio Rodrigues e Nelson Cavaquinho, num roteiro que serve às gerações futuras como serve à presente: uma referência obrigatória a qualquer pesquisador ou simples ouvinte, amante da música.

Quem for à Redenção no quarto domingo de maio, verá um artista maduro, solto e pleno. É o que pode atestar as 20 mil pessoas que assistiram a sua última apresentação ao ar livre, realizada em setembro de 97 no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Na plenitude de sua carreira, Paulinho da Viola toca cavaquinho, violão, cuíca, canta e conversa com o público, contando e explicando momentos da história da MPB que inspiraram o roteiro do espetáculo. Será, sem dúvida nenhuma, uma aula imperdível de música popular brasileira, ministrada por um mestre elegante, talentoso e sutil.

Roteiro histórico pelo clássico da MPB

João Bosco Rabello*

No Disco Bebadosamba, Paulinho da Viola assina dez faixas (quatro em parceria) e grava outras quatro de compositores que, direta ou indiretamente, têm presença na sua carreira: Candeia e Casquinha (O ideal é competir), Noca da Portela (Peregrino), Paulo César Pinheiro (Alento) e Rochinha e Orlando Porto (Novos rumos). É um disco em que Paulinho revisita conceitos do samba que lhe são caros e fundamentais, desde sua concepção, até sua interpretação e execução. Paulinho dispensou sintetizadores, utilizando largamente instrumentos de sopro e de cordas. Em algumas faixas, como em Novos rumos, sua interpretação é romântica e envolve intencionalmente o estúdio num clima como o dos antigos programas da Rádio Nacional.

– Não há saudosismo, adverte Paulinho. “É um resgate da emoção como parte indissociável do processo de criação. Não há sentimentalismo, mas sentimento”, explica o compositor, que em seu novo trabalho teve a parceria do pianista Cristóvão Bastos nos arranjos.

Na faixa de abertura do disco, Quando o samba chama, Paulinho aborda o processo de inspiração do sambista, aqui chamado poeta, tema recorrente na faixa Peregrino de autoria de Noca da Portela, presente também na última faixa do CD, e que lhe dá o título, Bedadosamba. Assim, deve se levar em conta a intenção do artista de criar uma seqüência para as faixas, numa produção de começo, meio e fim.

Sem se dar conta, Paulinho acabou por fazer do mar metáfora presente nas principais faixas do disco. Em Timoneiro, espécie de partido alto, feito em parceria com Hermínio Bello de Carvalho, Paulinho exibe o talento, a simplicidade e o domínio do seu ofício: “Não sou eu que me navega/ Quem me navega é o mar”, com melodia e arranjo que remetem, em certos momentos, às cirandas do Nordeste, lembrando, de longe, mestre Caimmy. O mar volta nova-mente na faixa Novos rumos, já gravada no final da década de 50 por Sílvio Caldas e que Paulinho costumava ouvir na interpretação de Zezinho, amigo da família, presença constante nos saraus na casa de seu pai, César Faria. “Vou imprimir novos rumos/Ao barco agitado que foi minha vida/Fiz minhas velas ao mar/Disse adeus sem chorar/E estou de partida”.

Tão biográfica do momento de Paulinho como a anterior, a dolente Mar grande, em parceria com Sérgio Natureza, traz novamente o mar como referência. “Se navegar no vazio/É mesmo o destino do meu coração/ Parto para ser esquecido/Navio perdido na imensidão”. Essa música é tão semelhante a Novos rumos que Paulinho constatou, que a melodia de uma caberia na outra, se alguém resolvesse invertê-las. “A estrutura é rigorosamente a mesma e Sérgio Natureza jamais ouvira a outra”, espanta-se Paulinho.

Em Ame, uma das faixas mais embaladas do disco, Paulinho reedita a velha parceria com Elton Medeiros e ambos assinam e interpretam um samba memorável, estilo gafieira, reproduzindo as gravações que tinham a marca registrada do recém-falecido maestro Nelsinho, muito querido de Paulinho. Nessa faixa pode-se perceber a intenção declarada pelo compositor de resgatar a emoção no processo criativo. É a faixa que vem sendo executada pelas emissoras de rádio que, há anos, esperavam pelo novo disco do artista.

Alento chama a atenção não só pelo lirismo e o talento do seu autor, mas também pelo fato de exibir um Paulo César Pinheiro em incursão pelo terreno da composição musical. Reconhecido como um dos mais inspirados, importantes e produtivos letristas da MPB, Paulinho Pinheiro mostra nessa composição, para surpresa geral, seu lado de músico. É uma das músicas do novo disco que Paulinho da Viola considera das mais bonitas.

Bebadosamba, última faixa do disco, é uma louvação à música popular, em forma de chula raiada, ritmo mais antigo freqüente na zona rural carioca e na Bahia. É uma homenagem, através de um poema-chamamento àqueles que se impuseram como parâmetros de talento e inspiração no mundo do samba. O povo do samba: Cartola, Nelson Cavaquinho, Candeia, Mauro Duarte, Pixinguinha, Marçal, Donga, João da Baiana, Noel Rosa e muitos outros. Paulinho recria o ambiente de alegria e espontaneidade em que aconteciam aquelas rodas de antigamente. Esse clima fica realçado no ritmo obtido por Jorginho do Pandeiro (conjunto Época de Ouro) com o prato e a faca que pertenceram a Donga, emprestados por sua filha, Lygia Santos. Nessa composição, Paulinho remete de novo o ouvinte ao tema da criação mais espontânea, trazendo os nomes dos ícones do samba como referências de luz (chama) e inspiração populares. Essa faixa traz seu filho, João Paulo, de 14 anos, tocando agogô.

É difícil viver assim, é o chamado samba de terreiro, em que Paulinho destaca de forma mais tradicional o toque dos tamborins (entre os diversos conhecidos). “Sem mania de passado”, como ressalvou, um dia, em outro samba de sucesso (Argumento), Paulinho procura revelar sua preferência por um ritmo mais cadenciado do samba, visto que o atual vem sofrendo alterações no seu andamento, para atender a conveniências de tempo, ditadas pelos atuais desfiles do carnaval oficial.

O ideal é competir, é o samba mais antigo de Candeia, um dos mais célebres compositores da Portela, já falecido, em parceria com Casquinha, outro remanescente da Velha Guarda da escola. Paulinho só conhecia o samba com a primeira parte. Decidiu gravá-lo após ser informado – e apresentado – à segunda parte pelo próprio autor, Casquinha. Convidada a participar da faixa, a Velha Guarda da Portela transformou o estúdio em terreiro e a gravação em festa. É um dos momentos mais alegres e emocionantes do disco, em que se percebe que Paulinho e a Velha Guarda mantêm uma fina sintonia, de espontaneidade e beleza únicas.

Em Memórias conjugais, Paulinho da Viola recorre à forma de crônica urbana mais simbolizada em Noel Rosa e Lamartine Babo, para retratar a crise conjugal de um personagem anônimo, provocada pela rotina. Paulinho inova aqui, compondo um maxixe – gênero há muito desprezado pelos autores brasileiros -, de uma linha melódica que, em certos momentos, nos faz lembrar de Sinhô. A composição é dedicada a Aldir Blanc, a melhor referência contemporânea do estilo que eternizou Noel.

Reverso da paixão tem melodia e letra diferentes das que caracterizam a obra de Paulinho. “Um samba inesperado”, na definição do autor, essa faixa remete à memória auditiva, aos melhores momentos da dupla Baden Powell-Vinícius de Moraes, num resultado que surpreendeu o próprio Paulinho.

Em Dama de espadas, Paulinho retoma uma fórmula presente em alguns de seus discos, tratando o amor como um jogo de vida. A metáfora é com o jogo de cartas. Paulinho conta que seu objetivo maior foi o de usar palavras exclusivas da linguagem dos jogadores. Destaca-se o acompanhamento refinado de cordas, no violão de César Farias e no cavaquinho de Luciana Rabello.

Solução de vida, que traz o subtítulo de Molejo dialético, referência jocosa do poeta Ferreira Gullar, é uma parceria surpresa: Paulinho e Ferreira Gullar se juntaram para produzir um samba ironizando as fórmulas políticas estabelecidas, fazer um samba ironizando a visão dogmática daqueles que procuram equacionar tudo dentro de critérios absolutos e definitivos que não admitem alternativas. Segundo os autores, elas existem, e a vida, a despeito do que possa sugerir o último verso do samba, tem solução. Aqui Paulinho deixa evidente a influência, ainda que pequena, da bossa-nova em seu processo musical.

* João Bosco Rabello é jornalista, diretor da Agência Estado em Brasília.

Turnê com Nei Lisboa e Juntos

Da Redação

O interior do estado está na programação cultural que o Sinpro/RS organizou para comemorar seus 60 anos de atividades. Foram escolhidos dois espetáculos: Juntos Acústico, com Bebeto Alves, Nelson Coelho de Castro, Totonho Villeroy e Gelson Oliveira, em Pedra da Memória (prêmio açorianos de Melhor Espetáculo do Ano), e Nei Lisboa com Hi-Fi. Apesar de ser considerado um dos músicos gaúchos mais importantes, Nei estava um pouco afastado do palco, dedicando-se quase que exclusivamente ao seu bureau de editoração eletrônica. Aceitou sair de casa, para esta série de apresentações, a convite do Sindicato. Professores associados ao Sinpro/RS têm entrada franca nos shows. Até o momento estão confirmados os espetáculos em Pelotas, Rio Grande, Santa Maria, São Leopoldo, Lajeado e Passo Fundo. O show que estava programado para Santa Rosa, divulgado na edição passada do Extra Classe, foi cancelado por problemas de produção. O Sindicato ainda está tentando viabilizar apresentações em Uruguaiana e Santa Cruz do Sul.

JUNTOS – Bebeto Alves, Nelson Coelho de Castro, Totonho Villeroy e Gelson Oliveira foram convidados pela Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre para realizar um “espetáculo balanço” do ano de 1997. Os músicos decidiram não repetir a fórmula de mostrarem individualmente seus trabalhos. Fizeram um espetáculo onde todos interagiram nos arranjos e vocais do repertório. Nascia Pedra da Memória.

O resultado comoveu a platéia de duas mil pessoas no Auditório Araújo Vianna, em Porto Alegre. Saudado também pela crítica, recebeu o último prêmio Açorianos na categoria “Melhor Espetáculo do Ano”. Bebeto Alves foi o mais premiado da noite, arrebatando o troféu de melhor cantor, disco regionalista e espetáculo.

O roteiro do show contempla os grandes sucessos de cada artista e, a partir da música Pedra da Memória (criação coletiva) propõe uma pequena leitura de “pérolas” de outros autores gaúchos, de Lupicínio Rodrigues a Vitor Ramil. Para a equipe, foram chamados dois refinados músicos de trajetória reconhecida: Everson Vargas e Fernando do Ó, respectivamente baixo e percussão.

NEI – Considerado um dos maiores nomes da música gaúcha, Nei Lisboa dispõe da maior coleção de hits da MPG. Acompanhado do guitarrista e violinista Paulinho Supekóvia, o compositor mostrará seus grandes sucessos, como Carecas da Jamaica, Hein?!, Verdes Anos e Romance. Também, as inéditas Tragédia em Bombinhas, Agora é tarde e Bife. Trata-se do show Hi-Fi, estreado no dia 14 de março, em Florianópolis, com o Teatro Álvares de Carvalho completamente lotado e grande repercussão de público.

Nei lançou seu primeiro disco em 1983, Prá Viajar no Cosmo não precisa gasolina, que já trazia alguns dos seus hits, como Exaltação e Síndrome de Abstinência. Um ano mais tarde, foi a vez de Noves fora, com músicas como Monica Tricomonica e Capricho. Em 87, lançou Carecas da Jamaica, com destaque para a faixa título, Deixa o bicho, Toda forma de poder, Berlim Bom-Fim. Em 88, foi a vez de Hein?!, considerado o seu melhor disco, que trazia Baladas. Em 91, Nei lançou seu primeiro livro, Um morto pula a janela. Um ano depois, gravou ao vivo Amén, apresentando uma forte influência do candombe uruguaio, com interpretações de músicas de Ruben Rada e Jaime Ross.

Uma soprano bem-humorada

Da Redação

A espanhola Montserrat Caballé, considerada uma das maiores cantoras líricas do mundo, levou seis mil pessoas ao anfiteatro montado no condomínio Costa Verde, na praia do Laranjal, em Pelotas, dia 28 de março. A apresentação, promovida pela Secretaria de Cultura do Estado e pela Prefeitura de Pelotas, com o apoio do Sinpro/RS e patrocínio das Lojas Renner e Josapar (Arroz Tio João) começou com 40 minutos de atraso e sem a esperada presença do governador Antônio Britto.

Montserrat entrou no palco apoiada em uma bengala. A soprano, de 64 anos, estava com as pernas inchadas em conseqüência da longa viagem até Pelotas. Ela saudou a platéia com um “muchas gracias, estoy mui feliz de estar aqui, espero que sea una noche especial, y que los mosquitos no vengam.” Depois de interpretar La Gazza Ladra, de Rossini, arrancou risadas do público, quando esmagou um inseto contra o próprio braço.

Aparentando cansaço, sentou-se várias vezes numa cadeira forrada com tecido de veludo vermelho. Durante aproximadamente duas horas, dividiu o espetáculo com a filha, Montserrat Marti, que veio pela primeira vez à América Latina.

Na primeira parte do espetáculo, elas cantaram árias de Puccini, Rossini e Verdi, e na segunda um segmento de Carmen, de Bizet, além de zarzuelas (a ópera espanhola) como La Tarantula e Un bicho malo, de J. Gimenez. Montserrat lamentou que algumas partituras não tivessem chegado a tempo para o ensaio com a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) e a ausência de um piano no palco para que interpretasse Like a Dream, do compositor grego Vangelis, um de seus sucessos mais aguardados pela platéia.

O público que assistiu a mais vigorosa soprano do canto lírico internacional contribuirá na restauração do Teatro Sete de Abril

No final, ela desculpou-se com o regente da Ospa, Cláudio Ribeiro, por ter chegado atrasada ao ensaio da tarde, que acabou deixando os músicos sem o almoço. Após o “bis”, mãe e filha receberam buquês de flores e assistiram à queima de fogos de artifício. O evento foi orçado pelos produtores em R$ 400 mil. Parte da renda, não divulgada, foi revertida para as obras de restauração do Teatro Sete de Abril, de Pelotas, o mais antigo em funcionamento no Brasil, construído em 1832.

Notas

Música para crianças
A mulher Gigante, o primeiro CD de produção local, destinado ao público infantil será lançado no dia 24 de maio, às 16 horas, no Parque da Redenção, em Porto Alegre, com o apoio do Sinpro/RS. Com doze canções próprias (Vitor Ramil interpreta o Fantasma desafinado), o disco foi gravado pelo grupo Cuidado Que Mancha. Os músicos interpretarão os personagens das canções e bonequeiros da cidade, com bonecos, darão vida às canções no palco circulando entre o público.

UPF recebe prêmio
A Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) concedeu à Universidade de Passo Fundo (UPF) o prêmio que a cada ano distingue instituições e pessoas destacadas na cultura. A UPF, que está comemorando o seu 30º aniversário, foi agraciada na categoria Acontecimento cultural pela da 7º Jornada Nacional de Literatura, realizada em setembro de 1997.

Homenagem a Lobato
Até 22 de maio, estudantes de 2º grau podem se inscrever para o concurso de redação Isto é Brasil, que tem como tema as preocupações sociais de Monteiro Lobato. A atividade integra a programação da Casa de Cultura Mário Quintana em homenagem ao criador do Sítio do Picapau Amarelo. Outras informações pelo telefone (051) 221-7147, ramal 297.

Central do Brasil no RS
Walter Salles, diretor de Central do Brasil, ganhador do Urso de Ouro de melhor filme em Berlim, e a atriz Fernanda Montenegro, que arrebatou o Urso de Prata de melhor atriz pela interpretação de Dora, estiveram em Porto Alegre, no dia 8 de abril, para o lançamento do filme no RS.

Teatro Novo faz 30 anos
A Cia Teatro Novo, de Porto Alegre, está comemorando 30 anos de atividades ininterruptas. Para comemorar o aniversário, o grupo encena no Theatro São Pedro, uma obra baseada no clássico Os músicos de Brehmem, dos irmãos Grimm, que Chico Buarque de Holanda popularizou no Brasil sob o título Os saltimbancos. Interessados em levar o espetáculo para a escola podem contatar a produção pelo telefone (051) 217-6850.

Meio século de Cinema
O Clube de Cinema de Porto Alegre completou 50 anos neste mês. Com 155 associados, a entidade segue em sua atividade de difundir o melhor da produção cultural cinematográfica.

Anuário editorial
A revista Livro Aberto, da Editora Cone Sul, lança, neste mês, o Anuário Editorial Brasileiro 1998. São listadas mais de 200 distribuidoras, 600 editoras, três mil livrarias e 14 mil títulos lançados em primeira edição entre janeiro e outubro de 1997.

Acervo de vozes na Unisinos
Cerca de 70 entrevistas gravadas com radialistas gaúchos ao longo de 1997 estão à disposição para consultas no Acervo de Vozes, da Universidade do Vale do Rio do Sinos (Unisinos), em São Leopoldo. Coordenado pelo professor Sergio Endler, o trabalho foi desenvolvido por várias turmas nas disciplinas de rádio do curso de Jornalismo da universidade. Outro projeto, já encaminhado à Fapergs, deverá ampliar o acervo com entrevistas de poetas, romancistas, contistas, jornalistas, publicitários e comunidade acadêmica gaúcha. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (051) 590-8132, via e-mail 9510367@midias.unisinos.tche.br ou endler@midias.unisinos.tche.br. Também, diretamente no Centro de Ciências da Comunicação da Unisinos, na Avenida Unisinos, 950, bairro Cristo Rei, São Leopoldo.

ECT homenageia artistas
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) está homenageando as cantoras Elis Regina e Clementina de Jesus, as escritoras Clarice Lispector e a atriz Dulcina de Moraes, através de uma série de selos especiais. O trabalho foi realizado pela artista plástica Martha Poppe. A emissão especial tem uma tiragem de 4,8 milhões de selos em papel couché gomado com fosforescência impressa nas margens. O preço individual será de R$ 0,22.

Vida de Norma Bengell
A atriz e diretora de cinema Norma Bengell, 62, contará sua vida num filme que está preparando para 1999. Será a história de uma atriz que participou de alguns dos mais importantes momentos do cinema brasileiro, se tornou estrela na Itália e na França, e, como mulher, criou polêmica e desafiou costumes nos anos 60 e 70.

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