EDUCAÇÃO

Professores querem remunerar hora-atividade

Da redação / Publicado em 2 de junho de 1998

Antiga reivindicação do Sinpro/RS junto ao sindicato patronal, a remuneração pela hora-atividade (trabalho desenvolvido fora da sala de aula, como avaliação de alunos, preparação de aula) agora está na pauta das discussões diárias dos professores. Em maio, o Sinpro/RS enviou para cada associado um questionário buscando informações sobre as horas usadas para essas atividades. Foi o primeiro passo de uma campanha, deflagrada na última assembléia geral da categoria. Até o dia 26 de junho, 508 questionários foram respondidos.

Plenária com representantes dos professores das escolas de Porto Alegre e do interior deverão definir as próximas ações da campanha pelo reconhecimento da hora-atividade. Na capital, o encontro está marcado para o próximo dia 9 de julho, às 18 horas, na sede estadual do sindicato (Av. João Pessoa, 919). As 15 delegacias sindicais da entidade estão agendando as plenárias ainda para este semestre, antes do recesso escolar.

“Os professores estão tornando coletivo o desejo individual de ver remunerada sua atividade extraclasse, muitas vezes, realizada em casa nos finais de semana”, avalia a professora Cecília Bujes, coordenadora da Secretaria de Assuntos Jurídicos do Sinpro/RS. “Em nossas visitas às escolas, temos encontrado grande receptividade e apoio da categoria para a campanha”. Segundo ela, com a nova LDB, o trabalho extraclasse foi redobrado. Cecília diz, por exemplo, que os estudos de recuperação, inclusive durante o período regular de aulas, têm exigido maior tempo do professor fora da sala de aula. “O magistério particular é o único que não recebe por este trabalho no estado, com exceção de algumas escolas, onde existe uma tímida iniciativa neste sentido”, lembra. “O sindicato quer discutir uma política que abranja todas as instituições de ensino da rede particular”.

O Sinpro/RS já está tabulando as informações dos questionários recebidos. Os dados, segundo a professora Cecília, serão divulgados em breve. Os professores que ainda não remeteram as respostas ainda têm prazo. “Estas informações são imprescindíveis para potencializarmos a campanha”, assegura.

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