GERAL

A paixão pela velocidade

Publicado em 25 de agosto de 1999

O professor Paulo Torino, titular das disciplinas de Radio-jornalismo e Projeto Experimental do Centro de Ciências da Comunicação da Unisinos, é daquelas pessoas que não conseguem ficar paradas. Apaixonado por rádio, não sossegou enquanto não obteve concessão federal para ativar a 103.3 – Unisinos FM, onde é diretor. Antes mesmo da tarefa concluída, já investia na realização de uma outra paixão. Só que desta vez tratava-se de um amor mais antigo que o magistério e o rádio, o automobilismo. Sentimento herdado pelo pai, que o levou às primeiras corridas, e compartilhado com o irmão, que o acompanha dos tempos de infância até hoje.

Torino, ou Paulinho, como é chamado pelos mais chegados, morava em frente à oficina onde eram preparados os carros do célebre piloto gaúcho da década de 50, Catarino Andreatta, que chegou a ser bi-campeão brasileiro. Sempre que podia, Paulo atravessava a rua e dava vazão às suas fantasias de transformar-se em piloto, enquanto observava a função dos mecânicos na preparação dos carros.

Em 1993, o sonho tomou forma. O professor investiu na compra de um Fusca e passou a correr na categoria Speed, logo após cursar uma escola de pilotagem. Os primeiros resultados já foram positivos, pois logo de cara chegou em primeiro lugar nas 12 horas de Guaporé. Venceu também as 12 horas de Tarumã nos anos de 1995 e 1996. Nesse ano, passou para a categoria Marcas e Pilotos, sendo vice-campeão na Copa Chevette em 1997.

Depois de um acidente, ficou uma temporada sem correr e resolveu partir para a Fórmula Ford, em 1998. Disputou nove corridas pela classe B e venceu todas, tornando-se campeão gaúcho. Apesar do êxito, ficou sem patrocínio para 1999. Assim, decidiu dar um tempo das pistas e adiantar o mestrado em Semiótica, deixando o automobilismo para o ano que vem, quando deve voltar a competir, desta vez ao lado do irmão, outro sonho antigo.

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