GERAL

Consumidores de serviços divididos

Publicado em 10 de agosto de 2000

“Com a CRT privatizada, é conta para tudo, até para o 102. Um dia de atraso é dez por cento de aumento. Também já não parcelam a dívida, como antes.”
TERCILA VIENEL, 46, aposentada

“Tudo o que é privatizado dá mais certo onde o que é público não dá. Se o funcionário da empresa não produz, vai para a rua e diminuem as reclamações.”
SADI SILVEIRA, 66, aposentado, ex-funcionário do INSS

“Não tenho nada contra a privatização, desde que o serviço seja bem administrado. Concorrência também ajuda. A Carris, por exemplo, é pública e presta o melhor serviço de transporte urbano do País. Já em Canoas, onde eu moro, a única privada que existe é uma bagunça só. ”
LEONARDO WELHELM, 18, office-boy

“Setores essenciais não poderiam ter sido privatizados. O aumento das tarifas certamente viabilizaria as estatais, se fosse aplicado nelas. Também me preocupo com a desnacionalização e a falta de controle. Quem tem tempo de ficar na fila do Procon? E a Agergs o que é, senão uma empresa montada pelo padrinho Britto?
RAUL CARRION, 54, funcionário público do MP

“Com a CRT, as coisas só pioram. Minha irmã teve que pagar uma conta duas vezes e agora quer o dinheiro de volta. Cada vez que ela ligava, falavam alguma coisa diferente. Já em água e luz, acho que a população está bem servida.”
JAINARA TEIXEIRA, 36, auxiliar de serviços gerais

“Acho que em telefonia as coisas melhoram cada vez mais. Depois da privatização, fui sempre bem atendida, pela CRT, quando tive problemas com a linha.
Só uma empresa com qualidade superior me faria trocar de operadora.”
ANA CRUZ, 21, consultora de moda

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