GERAL

A polêmica reportagem de Veja

Publicado em 23 de setembro de 2008

A reportagem da revista Veja, veiculada na semana do dia 20 de agosto, intitulada Prontos para o Século XI causou forte repercussão no meio educacional entre professores, alunos, pais, entidades, instituições de ensino, sindicatos e federações. A matéria atribui a crise de qualidade na Educação a uma suposta tendência dos professores em “esquerdizar as crianças”. Imediatamente após a publicação, o Sinpro/RS manifestou em nota pública seu repúdio e inconformidade com teor da reportagem, por considerá-la ofensiva à dignidade dos professores citados na matéria e de toda a categoria. A entidade publicou também nota no jornal Zero Hora no dia 22 de agosto sob o título Visão paranóica de Veja atinge professores, ao que se seguiu uma grande quantidade manifestações de apoio à iniciativa. O Sindicato dos Professores levou o caso às confederações de trabalhadores em Educação, Contee e CNTE que, por sua vez, expuseram também seu ponto de vista sobre o tema, publicando apedidos nas revistas Época e Isto É.

PROFESSOR – Para ilustrar a matéria, Veja utilizou um exemplo de aula do Colégio Anchieta, um dos estabelecimentos privados mais tradicionais do estado. Conforme o professor, que ministrava a aula descrita por Veja, houve um recorte tendencioso da reportagem, que descontextualizou uma aula cujo mote era o desenvolvimento e pensamento crítico e a promoção da cidadania. Para Veja, a fala do docente foi considerada um mero discurso anticapitalista. Após a publicação da matéria, o professor enviou correspondência para a revista com suas razões. A versão do professor até foi publicada na edição seguinte, porém sem o mesmo destaque da matéria e, reduzida a algumas poucas linhas, interrompidas por quatro páginas de anúncios, além de estar cercada por cartas favoráveis à linha adotada pela revista.

Urcamp: dívidas com o INSS

Passados quase dez anos desde que o Conselho Nacional de Assistência Social rejeitou à Urcamp a condição de instituição filantrópica, a União está cobrando a parte patronal do INSS, que deixou de ser depositada pela Fundação Áttila Taborda (FAT), mantenedora da universidade, nos anos de 1997 a 1999. Os prazos para pagamento dos cerca de R$ 15 milhões se esgotam neste mês. A informação foi confirmada pela Procuradoria Seccional da Fazenda Nacional de Bagé. A Reitoria da Urcamp informou apenas que a questão está em análise por procuradores jurídicos externos, contratados pela FAT.

Fiscalização eletrônica

Comissão Mista de Orçamento da Câmara Federal lançou um mecanismo que permitirá a qualquer cidadão com acesso à internet checar os recursos empenhados e depois pagos às cidades pela União. A ferramenta chamada Fiscalize permite checar os valores prometidos para repasses por convênio em Saúde, Educação, Infra-estrutura, Políticas Sociais, Segurança Pública e Qualificação Profissional. As informações serão atualizadas diariamente na página eletrônica Orçamento Brasil (www.camara.gov.br/internet/orcamentobrasil) e um relatório será enviado mensalmente a todas as Assembléias Legislativas e Câmaras de Vereadores do Brasil.
Abelhas mortas

abelhas_mortas

Foto: Divulgação Emater/RS-Ascar

Foto: Divulgação Emater/RS-Ascar

Deu no blog da Ecoagência que um apicultor de Barra do Rio Azul, interior do estado, perdeu 48 colméias das 60 que possuía. Em outras duas propriedades vizinhas ocorreu a morte de mais 32 colméias. Apareceram montes de abelhas mortas e algumas colméias, com poucas abelhas vivas, definhando. Aquelas que estavam vivas pareciam desorientadas ou agonizando, sem conseguir voar. De acordo com assistente técnico da Regional da Emater/RS–Ascar de Erechim, as abelhas teriam morrido, provavelmente, pela ação de agrotóxicos. Para os agricultores que vivem num raio de 3 quilômetros desta região, as perdas de produtividade nas frutíferas e nas culturas de lavouras serão significativas, já que a população de insetos polinizadores foi reduzida significativamente, alerta Angonese. Ele ressalta, ainda, que poderá haver problemas para o meio ambiente porque foi subtraída toda uma categoria de insetos, o que deverá influenciar na cadeia alimentar e na polinização. As informações foram postadas por Terezinha Mariza Vilk, da Emater/RS-Ascar – Regional de Erechim. Até o fechamento desta edição, ainda surgiam novos casos. Conforme informações que chegaram à nossa redação, mais de mil colméias já haviam sido atingidas. Reportagem da edição de julho do Extra Classe alertava para os riscos do uso de agrotóxicos, alguns proibidos em outros países.

Comentários