EDUCAÇÃO

Intransigência patronal leva dissídio para a Justiça

Publicado em 27 de agosto de 2010

Após várias rodadas de negociação entre os meses de maio e julho, as tratativas entre o Sinpro/ RS e Sindicreches não resultaram em proposta para acordo. As reuniões foram marcadas pela intransigência do Sindicato patronal, que insistiu na reposição de 5,49% (referente à inflação medida pelo INPC) e na manutenção dos valores diferenciados estabelecidos em 2009 (com caráter transitório) para as escolas que não conseguiram atingir o piso de R$ 6,43 no ano passado.

“Esta postura patronal foi o principal empecilho para se avançar nas negociações rumo a um acordo que atendesse minimamente as expectativas da categoria. A proposta do Sinpro/RS, além de repor a inflação, reivindicava percentuais diferenciados para aproximar os valores “transitórios” do patamar das escolas que praticam o piso”, explica Celso Stefanoski, diretor do Sinpro/RS.

Diante deste impasse nas negociações, o Sindicato dos Professores ingressou na Justiça do Trabalho com o ajuizamento do dissídio coletivo. “O Sinpro/RS empenhou todos os esforços na busca pelo diálogo e pela via da negociação em busca de uma proposta de acordo, conduta que infelizmente não foi a adotada pelo Sindicreches”, explica Stefanoski. Para ele, a postura de intransigência do Sindicreches não contribui em nada para a regulamentação do setor e tem por consequência a facilitação da prática de irregularidades nas escolas, comprometendo a qualidade do ensino ofertado pelas escolas de Educação Infantil.

PASSIVO – O Sinpro/RS está orientando as escolas a praticarem o reajuste de 5,49%, equivalente à inflação acumulada do período, assim, enquanto a discussão segue na Justiça, os estabelecimentos evitam o crescimento do passivo trabalhista.

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