OPINIÃO

Questão de gênero

Publicado em 11 de novembro de 2010

Independente de chamar o cargo maior da República de presidente ou presidenta a partir da vitória de Dilma Roussef no principal pleito nacional, a questão do gênero na política e na sociedade, de uma forma ou de outra, tornou-se tema para debate antes e depois das eleições.

A vitória de Dilma, querendo ou não, está relacionada a uma carência por maior representatividade feminina no poder. Uma pesquisa do Instituto Patrícia Galvão e do Ibope, feita em 2009, já apontava que 83% dos 2.002 entrevistados acreditam que a presença de mulheres melhora a política, que nove entre dez votariam em uma mulher e 59% fariam isso para qualquer cargo em disputa. Além disso, a eleição de Dilma desmente o mito de que mulher não vota em mulher.

Estudos sobre financiamento eleitoral demonstram que as mulheres recebem, em média, 40% menos recursos do que homens, tendo mais dificuldade para se eleger. Trata-se de um problema institucional da sociedade organizada que ainda reluta em contemplar mulheres com cargos de comando, inclusive, na própria vida partidária, onde ainda são, infelizmente, secundarizadas. Embora haja uma lei, de 1997, que exige que os partidos cumpram cota de 30% de suas candidaturas com mulheres, não há punição para a legenda que não cumpre a determinação e, assim, a cota normalmente não é preenchida. O ano de 2010 registra 21,5%. A próxima legislatura terá 43 deputadas, quatro a menos que em 2006 – hoje, 45 exercem mandato. Nos últimos anos, houve eleição de presidentes indígenas na Bolívia e no Peru, mulheres no Chile e na Argentina, um operário no Brasil e um negro nos EUA. Hoje, no Brasil as mulheres somam 8,8% da Câmara Federal. Na Argentina, esse número chega a 36%. Ainda estamos muito atrasados.

Cartas

EXTRA CLASSE ON LINE

Cumprimento pelo Extra Classe de outubro. Sensacional! Leio sempre o jornal na versão impressa, mas às vezes recorro ao formato digital e não encontrei aquela opção de compartilhar o conteúdo (e-mail,orkut, facebook). Tenho a impressão de já ter feito isso anteriormente, pois envio para os meus filhos algumas reportagens que direcionam à página ao clicar no link. Se já existe, não encontrei. Se não tem, fica a sugestão.

Christiane Heemann

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NOTA DA REDAÇÃO – Os recursos de compartilhamento de conteúdo do jornal Extra Classe com as redes sociais estão em fase de implantação em virtude da recente reformulação do site do Sinpro/RS (www.sinprors.org.br). Todo o contéudo de notícias publicadas no Extra Extra sobre ensino privado já podem ser compartilhadas. Quanto ao EC on-line, encontram-se disponíveis para download ao final de cada página, os arquivos em PDF das respectivas matérias.

COLÉGIO FARROUPILHA

A mantenedora do Colégio Farroupilha requereu direito de resposta em relação à matéria “Ensino não é recreação”, publicada na edição de outubro do Jornal Extra Classe, na qual o colégio é apontado como uma das instituições que não cumprem a Legislação Educacional no que se refere à contratação de Professores para a Educação Infantil. O Sinpro/RS considerou que as informações veiculadas estão corretas, uma vez que existem profissionais em atividade nos anos iniciais da Educação Infantil sem o devido contrato como Professores. Por isso, decidiu não conceder o direito de resposta e lamenta a tentativa da instituição de polemizar sobre as normativas educacionais.

Direção Colegiada Sinpro/RS

 

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