OPINIÃO

Uma sociedade despreparada para os idosos

Publicado em 12 de dezembro de 2014

Os idosos representam atualmente 13% da população brasileira, com 26,3 milhões de pessoas com mais de 60 anos. Em 2050, de acordo com o Fundo de Populações das Nações Unidas, pela primeira vez haverá mais idosos que crianças menores de 15 anos no mundo. A previsão do IBGE é que esse percentual chegue a 34%. A expectativa de vida aumentou no país, e o aumento do poder aquisitivo, com acesso ao consumo e aos serviços, beneficia também a terceira idade. O dia a dia dos velhos nas grandes cidades, no entanto, demonstra que, a despeito de todos os avanços, é marcado pelo descaso, pelo preconceito, pela exclusão e a falta de acessibilidade. Esse é o tema da reportagem de capa desta edição, que busca respostas para os exemplos cotidianos de desrespeito aos idosos e a mobilização pelo cumprimento do Estatuto do Idoso e demais políticas da terceira idade.

ECONOMIA – O professor da Escola de Economia de Paris, Thomas Piketty, é reconhecido pelo Prêmio Nobel de Economia Paul Krugman como o autor do livro mais importante desde O Capital, de Karl Marx. Isso porque Piketty demonstra que, desde o surgimento do capitalismo, 99% das pessoas trabalham para manter o crescimento progressivo da riqueza do 1% restante da população mundial. Entre suas ideias está a criação de uma tributação progressiva sobre as grandes fortunas, objeto de controvérsias.

O Extra Classe entrevistou Monica Baumgarten de Bolle, economista brasileira, especialista na obra de Piketty e tradutora do livro para o Brasil, do original, ou seja, uma edição menos compacta que a versão que saiu nos Estados Unidos.

CORRUPÇÃO – Na entrevista do mês, um bate-papo com o matemático Claudio Weber Abramo, diretor da ONG Transparência Brasil, referência na militância por transparência do Estado e na luta contra a corrupção.

INFÂNCIA – Resultado de uma grande estratégia de marketing da indústria do entretenimento, a compulsão das crianças pelo consumo está abreviando a infância, porque substitui o ato de brincar pela mera imitação das falas e reprodução do universo dos personagens, afirmam especialistas. A exposição cada vez mais precoce da infância à cultura do consumo tem nos produtos licenciados um aliado poderoso, em um mercado que movimenta R$ 13 bilhões por ano em vendas.

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