EDUCAÇÃO

Inicia levantamento do excesso de alunos na educação básica

Publicado em 10 de abril de 2015

O Sinpro/RS deu início no mês de março ao levantamento do excesso de alunos por turma na educação básica praticado por instituições de ensino privado em 2015, a partir dos parâmetros reivindicados pelo Sindicato. A pesquisa está sendo feita por meio de formulário on-line enviado aos professores associados. O Sindicato monitora anualmente o número de alunos por turma no ensino privado e denuncia os excessos praticados por meio do site Limite de Alunos Por Turma e de campanhas permanentes na mídia.

Limite de alunos

Arte: D3 Comunicação

Arte: D3 Comunicação

“A sociedade já está se dando conta do prejuízo que o excesso de alunos por turma provoca no ensino-aprendizagem”, afirma Marcos Fuhr, diretor  do Sinpro/RS. “Estão crescendo as manifestações de pais e estudantes sensíveis ao problema e contrários a esta prática”. Cecília destaca que o trabalho do professor fica muito comprometido em salas com excesso de alunos. “Fica inviável acompanhar as particularidades de cada aluno”. Em Alegrete, pais e estudantes do colégio Raymundo Carvalho realizaram manifestações pedindo a redução de alunos por turma (veja matéria abaixo).

Até o final do mês de março, o Sindicato já havia recebido mais de 50 denúncias de turmas com excesso de alunos em escolas da região Metropolitana e do interior do estado. Há casos de turmas no ensino fundamental com mais de 38 alunos cada uma e do ensino médio com mais de 45. Todas as denúncias que chegam ao Sindicato são averiguadas pelos diretores do Sinpro/RS junto às instituições. Este já é o quarto ano consecutivo do levantamento. O resultado será divulgado em maio pelo site Limite de Alunos Por Turma.

EDUCAÇÃO SUPERIOR – O levantamento das instituições de ensino superior será feito no início do segundo semestre.

DENÚNCIA
Pais reivindicam redução de alunos por turma em Alegrete
Um grupo de pais do Colégio Raymundo Carvalho, da Urcamp, em Alegrete, está mobilizado contra o agrupamento de turmas na instituição e a alteração da base curricular dos ensinos fundamental e médio, com redução da carga horária. Segundo os pais, as duas atitudes da escola foram tomadas de forma unilateral, sem consulta ou negociação. Uma das turmas do 8ª ano está com 40 alunos.

Imprensa local repercutiu mobilização de pais e alunos

Foto: Reprodução/Jornal Em Questão/Alegrete

Imprensa local repercutiu mobilização de pais e alunos

Foto: Reprodução/Jornal Em Questão/Alegrete

Desde o final de fevereiro, os pais já realizaram quatro reuniões com a direção e Pró-Reitoria da instituição, formalizaram um abaixo-assinado em reunião e promoveram uma paralisação em frente à escola. Em atas de reuniões enviadas ao Sinpro/RS, os pais relatam sua preocupação com a qualidade do trabalho e do ensino-aprendizagem e solicitam que as turmas sejam separadas. Eles reclamam ainda da falta de posicionamento da direção da escola e da Pró-Reitoria da Urcamp.

Representantes da direção do Sinpro/RS tiveram reunião com a Pró-Reitoria da Urcamp no dia 23 de março, ocasião em que o Sindicato reiterou as reivindicações dos pais. “Destacamos que a instituição além de descumprir a Convenção Coletiva de Trabalho tomou uma decisão unilateral ao não informar pais e professores antecipadamente sobre as alterações curriculares. E reforçamos o pedido dos pais de divisão das turmas agrupadas”, afirma Maria Lúcia Iserhard Schlittler, diretora do Sinpro/RS. Até o fechamento do jornal, a Reitoria não havia dado um retorno sobre os assuntos tratados.

 

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