GERAL

Portman x Netanyahu

Publicado em 8 de maio de 2018

A atriz Natalie Portman se recusou a participar da cerimônia do Prêmio Gênesis, em Israel, em que receberia um prêmio de 1 milhão de dólares, em protesto contra os massacres de palestinos na Faixa de Gaza e para não ter que posar ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Nascida em Jerusalém, a atriz vive nos Estados Unidos desde os três anos de idade. Os organizadores cancelaram a solenidade, alegando “eventos recentes” no país. Israel foi alvo de críticas internacionais nas últimas semanas por ter usado táticas letais durante confrontos com palestinos na fronteira com Gaza, nos quais 31 palestinos morreram e centenas ficaram feridos. “Eventos recentes em Israel foram extremamente perturbadores para ela, e ela não se sente à vontade para participar de qualquer evento público em Israel”, informou a assessoria da atriz. A premiação é concedida desde 2014 a pessoas que se destacam em suas atividades profissionais e que “inspiram outros por meio de sua dedicação à comunidade judia e aos valores judeus”.

Abbas insulta judeus
O enviado da ONU para o processo de paz no Oriente Médio, Nikolay Mladenov, criticou duramente a afirmação do presidente palestino Mahmoud Abbas, para quem a perseguição aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial teria sido motivada por práticas financeiras. O pronunciamento do chefe de Estado foi feito durante a abertura do Conselho Nacional Palestino. “Tais afirmações são inaceitáveis, profundamente perturbadoras e não servem aos interesses do povo palestino nem à paz no Oriente Médio”, afirmou Mladenov, que acusou Abbas de usar seu discurso “para repetir um dos insultos antissemitas mais desdenhosos, incluindo por sugerir que o comportamento social dos judeus foi a causa do Holocausto”. E ressaltou que o Holocausto não ocorreu num vácuo. “Foi o resultado de milhares de anos de perseguição. É por isso que tentativas de reescrevê-lo, minimizá-lo ou negá-lo são perigosas”.

Ar irrespirável mata 7 milhões por ano
ove em cada dez pessoas no mundo respiram ar altamente contaminado. É o que revela a Organização Mundial da Saúde (OMS), que no começo de maio atualizou estimativas sobre as consequências da poluição para o bem-estar da população. Segundo o organismo internacional, 7 milhões de pessoas morrem todos os anos por causa da contaminação do ar em ambientes externos e fechados. Em 2016, a poluição atmosférica causou, sozinha, cerca de 4,2 milhões de mortes. No mesmo ano, a contaminação do ar pelo cozimento de alimentos, usando combustíveis ou tecnologias poluentes, foi responsável por aproximadamente 3,8 milhões de óbitos. Mais de 90% dos falecimentos relacionados à poluição do ar ocorrem em países de baixa e média renda, principalmente na Ásia e na África, seguidos por nações de nível similar de distribuição de riquezas no Mediterrâneo Oriental, na Europa e nas Américas.

Segundo a OMS, poluição do ar é fator de risco crítico para doenças crônicas não transmissíveis e provoca mortes por diversas doenças

Foto: ONU/Divulgação

Segundo a OMS, poluição do ar é fator de risco crítico para doenças crônicas não transmissíveis e provoca mortes por diversas doenças

Foto: ONU/Divulgação

De acordo com a OMS, cerca de 3 bilhões de pessoas – mais de 40% da população mundial – ainda não têm acesso a combustíveis limpos e tecnologias domésticas adequadas. Essa lacuna é a principal fonte de poluição no interior de residências. Embora a disponibilidade de métodos modernos de preparo de comida e de aquecimento esteja cada vez maior, as melhorias não acompanham o crescimento populacional de muitas partes do mundo, particularmente a África Subsaariana. A poluição do ar é um fator de risco crítico para doenças crônicas não transmissíveis, provocando 24% das mortes por doenças cardíacas,

25% dos óbitos por acidentes vasculares cerebrais (AVCs), 43% por doença pulmonar obstrutiva crônica e 29% por câncer de pulmão. “A poluição do ar ameaça a todos nós, mas as pessoas mais pobres e marginalizadas enfrentam as maiores consequências”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. Mais de 4,3 mil cidades em 108 países agora estão incluídas no banco de dados de qualidade do ar da OMS, o maior do gênero no mundo. Desde 2016, outras

mil cidades foram adicionadas à plataforma. A base de informações coleta as concentrações médias anuais de material particulado fino e inclui poluentes como sulfato, nitratos e carbono negro, que têm os maiores riscos para a saúde humana.

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