EDUCAÇÃO

Atraso de salários é problema crônico na Urcamp/Bagé

Publicado em 7 de dezembro de 2000

Mais uma vez a Urcamp/Bagé deixa de cumprir o acordo assinado com o Sinpro/RS e com seus professores. No último dia 30 expirou o prazo para a instituição pagar a quantia referente as multas devidas pelos sucessivos atrasos no pagamento dos salários.

Houve uma interpretação restritiva por parte do Reitor da Urcamp, Morvan Meirelles Ferrugem – recentemente reeleito pela 4ª vez para o cargo, em que as multas foram calculadas apenas sobre o salário líquido. Para Marcos Fuhr, diretor do Sinpro/RS, a interpretação adotada pela universidade foi apenas um subterfúgio para o descumprimento do que havia sido acordado anteriormente.

No dia 29 de agosto sindicato já havia ajuizado uma ação contra a instituição visando o pagamento das multas dos atrasos do primeiro semestre. Como se não bastasse, o salários do mês de outubro, que deveriam ter sido acertados no início do mês de novembro, até 1º de dezembro ainda não haviam sido pagos. O que também não é nenhuma novidade, basta lembrar que no dia 5 de outubro foi realizada uma assembléia dos professores, convocada pelo Sinpro/RS. O motivo era o atraso de três meses (julho, agosto e setembro) no salário dos professores. A assembléia definiu prazo para a regularização que se esgotaria no dia 17 de outubro, data da nova assembléia, que resultou na paralisação do dia 18, obtendo significativa adesão dos docentes. “É importante sublinhar que o problema de atraso nos salários dos professores na Urcamp é crônico, apesar das reiteradas promessas de regularização e que nunca se cumprem. Sempre há uma solução em andamento ou definitiva sendo alardeada pela reitoria e que acaba por não se consolidar”, ressalta o diretor do Sinpro/RS.

Como resultado das ações ajuizadas, o reitor da Urcamp, com o intuito de esvaziar o movimento criou o chamado “foro participativo docente” para promover uma suposta participação maior dos professores. “Ora, essa participação já deveria existir, afinal trata-se de uma universidade comunitária e já deveria promover este tipo de iniciativa. Mas a criação deste foro em um momento como este só tem um objetivo, o de desmobilizar a categoria, por isso é preciso que os professores fiquem atentos”, adverte Fuhr.

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