POLÍTICA

Senado chileno avaliará lei contra fake news

Navarro batizou de Lei Bolsonaro a proposta que visa inibir as bombas de notícias falsas que marcaram a campanha do candidato brasileiro
Por Marcelo Menna Barreto / Publicado em 24 de outubro de 2018

Foto: Reprodução/Web

O senador Alejandro Navarro quer prevenir as práticas que extrema direita têm utilizado em outros países para chegar ao poder difundindo notícias falsas com uso de sistemas artificiais na internet

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O escândalo eleitoral do impulsionamento de fake news via WhatsApp pago por empresários para favorecer a candidatura de Jair Bolsonaro à presidência da República está movimentando também a política no Chile. O senador Alejandro Navarro, da região de BioBío daquele país, informou hoje em seu twitter oficial que irá propor ao parlamento chileno o que chama de “Lei Bolsonaro” para combater as fakenews em seu país.

Para Navarro, “a reforma é necessária para proteger a democracia”. Ele pretende propor a medida em breve ao congresso chileno e espera punições duras, como cassação do cargo ou da candidatura política quando for o responsável pela difusão de notícias falsas contendo algum adversário político durante o processo eleitoral. “A proposta acabará com a nova maneira de fazer política que a extrema-direita latino-americana adotou, usando Big Data”, disse Navarro.

O parlamentar chileno deixa claro que o nome do seu projeto de lei é devido a “questionável forma de fazer política” que o candidato Jair Bolsonaro tem tomado nas eleições presidenciais brasileiras, “pagando a difusão de notícias falsas sobre seus adversários, como a distribuição do ‘kit gay’ para crianças nas escolas; a utilização de uma atriz [Beatriz Segall] morta para dizer que uma apoiadora de Bolsonaro foi agredida; que Haddad defendeu o incesto em um de seus livros e que apresentaria uma lei para legalizar a pedofilia”, afirmou Navarro.

Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, também é citado na nota emitida pelo senador chileno.

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