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Morte de Judite Dutra causa comoção e solidariedade

A ex-primeira-dama Judite Dutra, que esteve ao lado de Olivio por 54 anos, faleceu após dias de luta contra complicações da diabetes
Por Marcelo Menna Barreto / Publicado em 20 de maio de 2022
Morte de Judite Dutra causa comoção e solidariedade

Foto: Acervo da Família/Reprodução

Foto da família postada no último dia das mães: com Olívio, ao fundo, e Judite, entre os filhos Espártaco e Laura

Foto: Acervo da Família/Reprodução

A ex-primeira-dama do Rio Grande do Sul, Dona Judite Dutra, morreu aos 78 anos na manhã desta sexta-feira, 20. Esposa do ex-governador Olívio Dutra (PT), ela estava internada no Instituto de Cardiologia por complicações causadas por diabete.

A nota que informou o falecimento foi publicada nas redes sociais pela jornalista Sônia Rösler, amiga da família e assessora de Olívio há mais de 30 anos, causou grande comoção.

Programado para amanhã, o ato de lançamento da candidatura do deputado estadual Edegar Pretto ao governo gaúcho pelo Partido dos Trabalhadores foi cancelado.

Judite e Olívio eram casados há 54 anos. Minutos após o anúncio feita por Sônia Rösler, uma enxurrada de solidariedade ao ex-governador e seus dois filhos, Laura e Espártaco, foram dirigidas à família que conta ainda com os netos Lorenzo e Benício, filhos de Espártaco. Olívio completa 81 anos no próximo mês.

Sempre contando com a cumplicidade e parceria incondicional de Judite, ele foi presidente do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, um dos fundadores da Central Única dos Trabalhadores e do PT, deputado federal constituinte, prefeito de Porto Alegre entre 1989 e 1993, governador do Rio Grande do Sul de 1999 a 2003 e ministro das Cidades no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

História

Judite da Rocha Dutra nasceu em 12 de novembro de 1943 na Região Noroeste do estado, em São Luiz Gonzaga, no então distrito de Rolador. Foi nessa região das Missões que passou toda a sua infância, estudou, ingressou no magistério e conheceu Olívio e se casou.

Judite era filiada ao Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers-Sindicato) desde o ano de 1971. A entidade emitiu nota de pesar onde destacou que a ex-primeira-dama “foi uma aguerrida defensora da educação” que teve importante participação nas lutas do sindicato e da categoria. “Deixará saudades em todos, que assim como ela, acreditam em um mundo mais justo e igualitário”.

Morte de Judite Dutra causa comoção e solidariedade

Foto: Acervo da família/Reprodução


Olívio e Judite em visita ao ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica e sua esposa Lucía Topolansky – senadora e então vice-presidenta –, em Montevidéu, no Uruguai, em 2019

Foto: Acervo da família/Reprodução

Manifestações

Além da manifestação do Cpers, inúmeras outras se somaram. De militantes e dirigentes dos mais variados partidos e movimentos sociais, parlamentares, prefeitos, governadores e até de cidadãos comuns que foram tocados pelo carisma do casal Dutra.

“Era uma mulher trabalhadora, corajosa, guerreira e comprometida com as causas sociais e populares, atuando ao lado do marido nas lutas em defesa da classe trabalhadora e na construção da democracia, disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (CUT-RS), Amarildo Cenci”.

A maioria das mensagens ainda ressaltavam a importância de Judite como mulher forte e como referência ao lado e para ex-governador.

O pré-candidato do PT ao governo do estado, Pretto, assinalou: “Hoje perdemos a doçura e a firmeza de uma mulher que sempre esteve ao lado do nosso Galo Missioneiro. Dona Judite se torna algo que sempre foi: uma estrela”.

O velório de dona Judite Dutra será no sábado, 22, a partir das 8h30, no Crematório Angelus – Av. Porto Alegre, 320 – Bairro Medianeira. A cerimônia de despedida acontece às 11h00.

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