AMBIENTE

Família de ambientalistas é assassinada no Xingu

Mais de 227 pessoas foram assassinadas em todo o mundo no último ano por defenderem os direitos humanos, meio ambiente e as terras onde vivem
Da Redação / Publicado em 13 de janeiro de 2022
Zé do Lago, sua esposa Márcia e a filha do casal, Joene; desenvolviam projetos de proteção a animais como tartarugas e jabutis

Zé do Lago, sua esposa Márcia e a filha do casal, Joene. Eles desenvolviam projetos de proteção a animais como tartarugas e jabutis

Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Polícia Civil do estado do Pará está investigando um triplo homicídio ocorrido na região de São Félix do Xingu. O crime teria ocorrido no último domingo, 9, e as vítimas – uma família de ambientalistas da região – desenvolviam projetos de proteção a animais como tartarugas e jabutis.

O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios do município de Marabá e pelo Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) do município de Redenção. Duas pessoas já foram ouvidas e prestaram depoimento na quarta-feira, 12.

Segundo a imprensa local, as vítimas são um homem conhecido como Zé do Lago, sua esposa Márcia e a filha do casal, Joene. Eles moravam na região há 20 anos e os corpos teriam sido encontrados pelo filho do casal.

“Diligências estão sendo realizadas na região para localizar os autores do triplo homicídio. A Polícia Civil ressalta ainda que qualquer informação que auxilie no esclarecimento do fato pode ser repassada via Disque-denúncia, 181”, informou a polícia, em nota.

Vinte ativistas assassinados no Brasil em um ano

De acordo com um relatório divulgado em setembro de 2021 pela Global Witness, uma organização não governamental (ONG) internacional de direitos humanos e ambientais, 227 pessoas foram assassinadas em todo o mundo no último ano por defenderem os direitos humanos, ambientais e as terras onde vivem. A estatística mostra média de quatro ativistas assassinados toda semana desde a assinatura do Acordo de Paris, ocorrida em 2015. Vinte dessas mortes ocorreram no Brasil.

“Sabemos que por trás desses assassinatos, muitos ativistas e comunidades também sofrem tentativas de silenciá-los, com táticas como ameaças de morte, vigilância, abuso sexual ou criminalização – e que esses tipos de ataques são ainda menos reportados”, afirma a ONG em seu relatório.

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