AMBIENTE

Na semana do Meio Ambiente, MST abre assentamentos à visitação

Entre as atividades estão o plantio de árvores, roçados solidários, vivências agroecológicas, visitações guiadas, mutirões para construção de viveiros e casas de sementes e mutirões de hortos medicinais
Da Redação / Publicado em 5 de junho de 2023

Na semana do meio ambiente, MST abre assentamentos à visitação

Foto: Foto: Valmir Fernandes/Divulgação

Foto: Foto: Valmir Fernandes/Divulgação

Para celebrar a semana do Meio Ambiente, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realiza entre os dias 1º e 10 de junho a Jornada Nacional de Vivências no MST. A atividade, que ocorrerá em todas as regiões do país, abre as portas dos assentamentos para visitantes.

A ideia é que, durante a jornada, algumas áreas da Reforma Agrária recebem a visita de trabalhadores e trabalhadoras, estudantes, curiosos, parceiros e amigos da Reforma Agrária Popular, para que possam acompanhar de perto o dia a dia da produção de alimentos saudáveis, a organização produtiva e as lutas em defesa da democratização da terra de maneira prática.

Para o MST, a Jornada de Vivências será um momento central no ano para dialogar com a sociedade através da experimentação prática nos territórios de luta e resistência.

Ao longo da Jornada, os estados onde o MST está organizado realizarão uma série de atividades, como plantio de árvores ou construção de roçados solidários, vivências agroecológicas, visitações guiadas, mutirões para construção de viveiros e casas de sementes, mutirões de hortos medicinais, entre outras ações.

CPI do MST versus semana do Meio Ambiente

Bárbara Loureiro, da direção nacional do Movimento, explica que o Movimento passa por um momento em que se intensifica a tentativa de “criminalização da luta pela terra e da Reforma Agrária” com a realização da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST, e sinaliza que a construção da Jornada de Vivências é mais uma ferramenta de ampliação da relação do Movimento com a sociedade.

A jornada de vivências vem em um momento político em que o MST está sendo alvo da CPI que quer criminalizar a luta pela terra, o direito à ocupação de terras improdutivas para a realização da Reforma Agrária. A jornada de vivências acontece na semana do Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, e é uma forma também de reafirmar o diálogo com a sociedade, posicionando a Reforma Agrária como uma necessidade estrutural para o nosso país”, explica.

Loureiro afirma que a Jornada de Vivências possibilitará que os participantes tenham acesso a dimensões da luta do Movimento, como o cuidado e a recuperação dos bens comuns da natureza, a educação do campo, os processos de formação, da cooperação agrícola, da organização das mulheres e da juventude.

Jornada ocorrerá em 16 estados

Até o momento, existem atividades da Jornada marcadas para 16 estados, nas cinco regiões do país.  A proposta é que as atividades envolvam dezenas de assentamentos e acampamentos, além de escolas e centros de formação.

Na região Nordeste estão previstas ações de plantio de árvores e visitas guiadas em áreas do MST. No Sudeste ocorrerão atividades de formação com a juventude sobre o tema da questão ambiental e ações de plantio de árvores, construindo bosques da Reforma Agrária.

No Centro-Oeste brasileiro, as atividades girarão em torno da Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária (JURA).

Na Amazônia estão previstas atividades no Instituto de Agroecologia Latino Americano (IALA) Amazônico, plenárias de estudo e debate, plantio de árvores, construção de viveiros, assembleias e intervenções nas áreas do Movimento.

Nos estados do Sul estão sendo organizadas atividades formativas nas Escolas Itinerantes do Movimento, visitas aos viveiros da Reforma Agrária e a semeadura de 4 toneladas da Palmeira Juçara.

 

 

 

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