MOVIMENTO

Centrais sindicais alertam sobre prejuízos da MP 905

Jornada por Empregos e Direitos explicam a trabalhadores e população de São Paulo os impactos do Programa Verde e Amarelo
Da Redação / Publicado em 9 de dezembro de 2019
Material distribuído pelas centrais: "movimento sindical tem propostas para criar mais empregos e fazer o país voltar a crescer"

Arte: Edson Rimonatto (RIMA)/ Divulgação

Material distribuído pelas centrais: “movimento sindical tem propostas para criar mais empregos e fazer o país voltar a crescer”

Arte: Edson Rimonatto (RIMA)/ Divulgação

Representantes da CUT e demais centrais sindicais – Força Sindical, UGT, CTB, CSB, Nova Central, CGTB, Intersindical, Intersindical Instrumento de Luta e Conlutas – iniciam nesta terça-feira, 10, na capital paulista, a Jornada de Lutas por Empregos e Direitos, em encontros com trabalhadores e população em geral sobre os impactos da Medida Provisória (MP) nº 905, do Programa Verde e Amarelo.

A abertura da jornada será em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, durante a madrugada. Às 5h, os sindicalistas estarão na porta da Volkswagen conversando com os trabalhadores e as trabalhadoras para que entendam a importância de se somar a luta contra a MP 905, que cria a carteira verde e amarela, que cria empregos com menos direitos para jovens de 18 a 29 anos. De acordo com o material a ser distribuído pelas centrais sindicais, o movimento sindical tem propostas para criar mais empregos e fazer o país voltar a crescer.

“A MP do governo de Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes, é uma nova e dura reforma Trabalhista. A proposta do governo altera mais de 40 dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), permitindo a redução do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), o parcelamento do 13º e férias, o fim do pagamento das horas extras para o trabalho aos domingos que será liberado para diversas categorias profissionais. E ainda, taxa os desempregados em até 7,5% para isentar os empresários de 34% de encargos trabalhistas”, manifestou a CUT em nota.

Imagem: CUT/ Divulgação

Imagem: CUT/ Divulgação

De acordo com o presidente nacional da entidade, Sérgio Nobre, “o movimento sindical e todas as centrais sindicais, junto com a CUT, estarão nas ruas denunciando a retirada de direitos promovida pelo governo Bolsonaro. Vamos mostrar para população brasileira os riscos que o país está correndo com o desmonte das políticas públicas e a retirada sem precedentes na história dos direitos dos trabalhadores”.

Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC), Wagner Santana, o Wagnão, a MP é mais um passo do governo para destruir toda rede de direitos dos trabalhadores e facilitar a vida do empresário. “Essa tal carteira de trabalho verde e amarela cria mesmo é um “Bolsa Patrão”, com dinheiro retirado dos nossos jovens desempregados e desesperados por um primeiro emprego. Não podemos nos calar”, alerta.

De acordo com o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, é fundamental esclarecer a sociedade sobre a “nefasta” MP, mas ele também ressalta a luta por mais empregos. “Contamos com o apoio e a participação de todos nesta jornada contra a MP 905, para fortalecermos a luta por emprego, direitos e uma vida melhor para a classe trabalhadora e a sociedade brasileira em geral”. A MP, em vigor desde 11 de novembro, vence em 120 dias, sem contar o recesso parlamentar. Para valer definitivamente é preciso que a MP 905 seja apreciada, analisada e votada pelo Congresso Nacional. Se não for votada nesse prazo, a medida perde a validade.

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