MOVIMENTO

Jornada nacional pede afastamento de Bolsonaro

Centrais sindical e movimento social promovem manifestações #ForaBolsonaro nesta sexta-feira, 10, e sábado 11, em todo o país, pedindo o afastamento do presidente Jair Bolsonaro
Por Marcelo Menna Barreto / Publicado em 10 de julho de 2020

Foto: Sintrasem/Comunicação

Manifestação hoje, 10, em Florianópolis (SC), organizado pelo Sintrasem

Foto: Sintrasem/Comunicação

O objetivo da Jornada Nacional pelo #ForaBolsonaro , segundo o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, é cobrar a saída do presidente Jair Bolsonaro e de todos os integrantes de seu governo, “que tem levado o país a atingir a triste marca de mais de 68 mil mortos e quase dois milhões de infectados pela covid-19”.

“É dia de reivindicar também o fim dessa onda de retirada de direitos trabalhistas, das medidas de estímulo ao desmatamento da Amazônia, e dos ataques à saúde, à educação, à cultura e às empresas públicas que eles querem entregar para o capital estrangeiro, dentre outras maldades contra o povo brasileiro”, destaca. “Esse governo é de morte e precisamos defender a vida, os direitos, os empregos, a renda e a democracia”.

Haverá manifestações, na sua maioria virtuais para evitar aglomeração de pessoas e combater a disseminação do coronavírus, além de tuitaço e panelaço. A orientação para o movimento é de evitar aglomerações, mantendo vestes e panos negros nas janelas, pequenos grupos nas ruas respeitando as regras de isolamento social, cartazes, tuitaços e outras ações nas redes sociais, apitos e um “panelaço nacional” à noite.

A mobilização está sendo estimulada por organizações da sociedade civil como a Central de Movimentos Populares (CMP), a União Nacional por Moradia Popular (UNMP), as frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, as centrais sindicais e partidos de oposição.

“Vamos convencer a maioria da população brasileira que, com Bolsonaro, não dá mais”, afirmou o presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre.

Em live realizada às 11 horas desta sexta-feira, 10, foi informado que as centrais estão totalmente mobilizadas para as manifestações. Assembleias de trabalhadores foram realizadas nos locais de trabalho na parte da manhã e atos simbólicos estão tomando conta das ruas.

Em São Paulo, uma das caixas de ressonância do país, a CUT do estado promoveu o que chama também de “um ato em defesa da vida”. Foi uma marcha que saiu da Praça do Patriarca, no centro da capital paulista, às 14 horas.

Nem o prefeito Covas e o governador Doria foram poupados, pois os movimentos lembram dos cerca de 30 mil moradores de rua da cidade e de uma recente entrevista da primeira-dama do Estado que disse que não se deveria dar “marmita” para eles porque isso os comodava.

Políticas equivocadas

Segundo os dados divulgados ontem, 9, pelo consórcio nacional de imprensa, 1.199 novas mortes em decorrência da pandemia provocada pelo novo coronavírus, doença que Bolsonaro chegou a tratar como uma “gripezinha” entraram para as estatísticas. Agora, o Brasil já soma 69.254 vidas perdidas e um número de infectados de 1.759.103 pessoas.

O movimento que é considerado suprapartidário também questiona a série de medidas de flexibilização que estão ocorrendo por pressão de setores patronais. Para Douglas Izzo, presidente da CUT-SP, estado que já prepara o retorno as aulas em sua rede escolar, “pelos números, temos claro que não é hora de retomar”, afirma.

As manifestações desta sexta-feira e sábado ainda irão reivindicar direitos, como moradia, saúde, renda, alimentação, água e esgoto tratado.

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