SAÚDE

Brasil registra alta de 20% no número de mortes em 24 horas

Conforme último relatório são 667 mortes por coronavírus e 13,7 mil casos; no último levantamento foram registrados 553 óbitos
Da Redação / Publicado em 7 de abril de 2020
Estação Pinheiros do metrô em São Paulo, cidade com maiores índices de mortalidade por coronavírus

Foto: Rovena Rosa/ Agência Brasil

Estação Pinheiros do metrô em São Paulo, cidade com maiores índices de mortalidade por coronavírus

Foto: Rovena Rosa/ Agência Brasil

O Brasil chegou a 667 mortes em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19), segundo atualização do Ministério da Saúde divulgada nesta terça-feira, 7. O número representa um aumento de 20% em relação à última segunda-feira, 6, quando foram registrados 553 óbitos.

São Paulo segue como epicentro da pandemia, com 371 mortes, mais da metade dos óbitos de todo o país. O estado é seguido por Rio de Janeiro, com 89; Pernambuco, com 34; Ceará, com 31, e Amazonas com 23 mortes.

Também já foram registradas mortes no Paraná (15), Distrito Federal (12), Bahia (12), Santa Catarina (11), Minas Gerais (11), Rio Grande do Norte (oito), Rio Grande do Sul (oito), Espírito Santo (seis), Goiás (cinco), Pará (cinco), Paraíba (quatro), Sergipe (quatro), Piauí (quatro), Maranhão (quatro), Alagoas (duas), Mato Grosso do Sul (duas), Amapá (duas), Rondônia (uma), Roraima (uma), Acre (uma) e Mato Grosso (uma).

O número de casos da covid-19 no país chegou a 13.717, o que marca um crescimento de 13,7% em relação a ontem (6), quando o balanço do Ministério da Saúde marcou 12.056 casos.

A taxa de letalidade do país subiu de 4,4% para 4,9%.

O número de novas mortes foi de 114, o maior desde a série histórica. Ontem, o número de novos óbitos havia sido de 67. O maior resultado nesse indicador havia sido de 73 falecimentos, registrado no sábado (4).

PERFIL – Em relação ao perfil das pessoas que morreram, 58,1% eram homens e 41,9% eram mulheres. No recorte por idade, 78% tinham mais de 60 anos. Na semana passada, esse percentual era de 90%. Em relação aos fatores, de risco, 289 tinham alguma cardiopatia, 202 possuíam diabetes, 70 apresentavam alguma pneumopatia e 48 experimentavam alguma condição neurológica. As hospitalizações com covid-19 chegaram e 2.931.

No balanço de hoje, foram 1.661 novos casos, um recorde desde o início do registro. Na atualização de ontem, foram 926 novos casos. O secretário de vigilância em saúde do MS, Wanderson de Oliveira, argumentou que na terça-feira, em geral, há mais casos pelo fato de os estados consolidarem seus números do final de semana, na segunda-feira.

ESTADOS – Em relação ao número de casos confirmados, São Paulo concentra 5.682, seguido por Rio de Janeiro (1.688), Ceará (1.051), Amazonas (636) e Minas Gerais (559). Os menores números de casos foram registrados em Rondônia (18), Tocantins (19), Piauí (28), Alagoas (32) e Sergipe (36).

Na comparação com outros países, o Brasil é o 14º em número de casos confirmados, o 12º em número de óbitos, o 8ª em taxa de letalidade (número de falecimentos dividido pelos casos) e 16º em mortalidade (mortes proporcionais à população).

CHINA – O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciou nesta terça-feira (7) o emprego de R$ 656 milhões para locação e manutenção, por seis meses, de 2.000 novos leitos, R$ 33,8 milhões para custeio de 246 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e cerca de R$ 77 milhões para custeios de 200 serviços de urgência. O ministro afirmou também que, após conversa com a embaixada da China no Brasil, contará com a ajuda do embaixador do país, Yang Wanming, para a compra de produtos do chineses.

SUBNOTIFICAÇÃO – Durante a coletiva de imprensa, o secretário do Ministério, Wanderson Oliveira, afirmou que o Brasil não tem condições de testar todos os óbitos por covid-19. “Alguns óbitos, nós não teremos capacidade de confirmar, porque implica qualidade da amostra, tempo do momento”. Outro fator que pode gerar subnotificação é a pequena quantidade de pessoas testadas especificamente para o coronavírus. Em todos os estados há um grande número de atendimentos no sistema de saúde por doenças respiratórias e gripais não contabilizadas como Covid-19 e que levaram a óbito, sem fazer parte dos dados oficiais.

 

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