SAÚDE

Rio de Janeiro confirma variante Alpha do novo coronavírus no estado

Caso de São Gonçalo notificado no dia 9 é investigado pela Secretaria da Saúde, que não alterou prevenção, tratamento e protocolos sanitários já adotados
Da Redação / Publicado em 18 de junho de 2021
Pesquisa mostra alta efetidade dos imunizantes da Astrazeneca e da Pfizer contra variantes Delta e Alpha

Foto: Itamar Crispim/ Fiocruz

Pesquisa mostra alta efetidade dos imunizantes da Astrazeneca e da Pfizer contra variantes Delta e Alpha

Foto: Itamar Crispim/ Fiocruz

A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro confirmou casos da nova variante britânica do coronavírus, conhecida como Alpha (B.1.1.7) no estado. Um deles é morador de São Gonçalo, na região metropolitana e foi notificado às autoridades municipais de Saúde no dia 9 deste mês.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o município ainda investiga se o paciente foi infectado dentro do estado ou se o caso é oriundo de outro estado ou de outro país. Independente das variantes, as medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento da covid-19 seguem as mesmas, reafirmou a SES, ao informar que não haverá alteração dos protocolos sanitários que já estão sendo adotados.

Efetividade das vacinas

Um estudo da Public Heatlh England (PHE) mostrou que a aplicação de duas doses da vacina AstraZeneca apresenta 92% de efetividade contra a hospitalização pela variante Delta (B.1.617.2) do Sars-CoV-2.

A variante, antes conhecida como indiana, tem se espalhado rapidamente pelo Reino Unido e já teve casos confirmados no Brasil. A vacina também demonstrou uma alta efetividade contra a variante Alpha (B.1.1.7), identificada pela primeira vez no Reino Unido e que foi detectada no Rio, com redução de 86% nas internações.

O estudo da agência de saúde do governo britânico, publicado em versão pré-print no dia 14 de junho, envolveu a vacina da AstraZeneca, que no Brasil é produzida pela Fiocruz, e o imunizante da Pfizer.

A pesquisa analisou 14.019 casos da variante Delta que chegaram às emergências dos hospitais ingleses entre 12 de abril e 4 de junho deste ano. Destes, 122 foram hospitalizados. Foi comparado o risco de internação entre os não vacinados e os vacinados com primeira e segunda doses. Outros 13.192 casos envolvendo a variante Alpha foram identificados, com 166 internações.

A efetividade média em relação à taxa de hospitalização para vacinados com a variante Delta foi similar à da variante Alpha, levando em conta os dois imunizantes: Alpha com 78% (uma dose) e 92% (duas doses); Delta com 75% e 94% (respectivamente).

No caso da Pfizer, a vacina apresentou média de 94% de efetividade após a primeira dose e 96% após a segunda contra a internação pela variante Delta.

Na AstraZeneca foram registrados 71% de efetividade após a primeira dose e 92% após a segunda. “Estas descobertas indicam níveis de proteção muito altos contra as hospitalizações pela variante Delta com uma ou duas doses de qualquer uma das duas vacinas”, diz o estudo.

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