SAÚDE

Captação de doadores de sangue no RS em debate

Responsáveis pela captação de sangue dos maiores bancos do estado se reúnem no dia 14 de junho para falar das estratégias para sensibilizar a população para a doação e manter os estoques
Por Redação / Publicado em 9 de junho de 2022

Envios diários

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Com a retomada gradual das cirurgias eletivas suspensas na pandemia, aumentou a demanda por sangue

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Com a retomada gradual das cirurgias eletivas suspensas na pandemia, aumentou a demanda por sangue, porém os doadores não retornaram na mesma velocidades fazendo com que os estoques estejam baixos. Para se ter uma ideia, para cada transplante de órgãos são necessários cerca de 20 doadores do grupo sanguíneo do paciente.

Atento a esta realidade, o projeto Cultura Doadora, da Fundação Ecarta, reunirá, no próximo dia 14, em painel virtual, os profissionais responsáveis pela captação de sangue para os bancos dos maiores hospitais da Região Metropolitana de Porto Alegre para falarem das estratégias utilizadas para manter os estoques com capacidade para atender a crescente demanda.

Participam do encontro também representante do grupo H. Hemo do Brasil, rede privada de hemoterapia, e o idealizador e gestor do Banco de Sangue Virtual no estado.

O painel iniciará às 19h, com transmissão ao vivo pelo canal da Fundação Ecarta no Youtube e no Facebook, e pretende, além de informar, sensibilizar a população para a doação de sangue, um ato que salva vidas.

Painelistas

Gesiane Ferreira da Silva Almansa, assistente social do Hemocentro do Rio Grande do Sul (Hemorgs), responsável pelo setor de captação de doadores.

Andrea Porcher Alves, enfermeira responsável pela captação de doadores de sangue do hospital Conceição.

Patrícia Paim Ferreira Seltenreich, bacharel em Biopatologia, atua na captação de doadores de sangue do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

Scheila Roberta de Souza, enfermeira, supervisora de Enfermagem de operações do Serviço de Hemoterapia da Irmandade da Santa Casa de Porto Alegre.

Carolina Preussler Nonemacher, coordenadora de Captação de Doadores do grupo H. Hemo Brasil.

Ricardo Nunes, publicitário, doador de sangue há mais de 20 anos, idealizador e gestor do Banco de Sangue Virtual.

O Banco de Sangue Virtual

Desde 2017, o Rio Grande do Sul conta com um Banco de Sangue Virtual, site que reúne o cadastro de doadores e de pessoas que precisam de sangue em qualquer município do estado. A iniciativa, do publicitário Ricardo Nunes, de Cachoeira do Sul, tem como propósito estimular esse ato que salva vidas.

No site, os interessados e habilitados a doar cadastram nome, contato, tipo sanguíneo e cidade. Os pacientes que necessitam de sangue tem um campo especial no site onde colocam também nome, tipo sanguíneo, cidade, contato e onde deve ser feita a doação. Esse sistema gratuito e voluntário abrange somente o Rio Grande do Sul, mas a iniciativa tem simpatizantes em outros estados.

Com o monitoramento do site, a gestão encaminha uma mensagem por WhatsApp e e-mail a todos os doadores cadastrados naquele município do paciente para que façam a doação.

Atualmente, o banco conta com 8.700 cadastrados no RS. Porém, a meta é alcançar 3% da população gaúcha entre 16 e 70 anos, o que representa 249 mil pessoas entre os 8.300 do colégio eleitoral nessa faixa etária, justamente os que podem doar sangue.

Quem pode doar sangue

Pessoas entre 16 e 69 anos, pesando mais de 50 kg e em bom estado de saúde. Levar documento com foto e chegar no hemocentro descansado, com mínimo de seis horas de sono, alimentado, mas sem comida gordurosa três horas antes. Pessoas com febre, gripe ou resfriado, diarreia, grávidas e mulheres no pós-parto não podem doar. O intervalo mínimo entre uma doação de sangue e outra é de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.

Dez anos do Cultura Doadora

Para estimular o aumento de doadores de órgãos, tecidos e de sangue a Fundação Ecarta mantém o projeto Cultura Doadora, que completa 10 anos de atividades estimulando uma atitude proativa na sociedade de salvar vidas a partir da doação. Para cada transplante de órgãos são necessários cerca de 20 doadores do grupo sanguíneo do paciente.

“Temos muitos colaboradores comprometidos com esta causa. São profissionais de diferentes áreas que doam seu tempo e conhecimento para informar e sensibilizar para este importante gesto”, registra o presidente da Fundação Ecarta, Marcos Fuhr.

Escolas ou quaisquer entidades interessadas em tratar do tema pode fazer contato pelo e-mail culturadoadora@fundacaoecarta.org.br

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