AMBIENTE

Rompimento de barragem e orientações da Defesa Civil para evacuação

Defesa Civil orienta retirada de moradores em Santa Tereza, Muçum, Roca Sales, Arroio do Meio, Encantado, Colinas, Lajeado, São Francisco de Paula, Canela, Gramado, Nova Petrópolis, Vale Real e Feliz
Da Redação / Publicado em 2 de maio de 2024

Rompimento de barragem e orientações da Defesa Civil para evacuação

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Houve rompimento parcial  da barragem da usina de geração de energia 14 de Julho, na bacia do Rio Taquari-Antas, localizada no município de Cotiporã (RS), na Serra Gaúcha, início da tarde desta quinta-feira. A cidade fica a cerca de 170 quilômetros de Porto Alegre.

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o governador Eduardo Leite afirmou que, segundo técnicos, o colapso não deverá causar “a devastação de uma enxurrada”. Mesmo assim, a população das cidades que ficam abaixo do local do rompimento devem sentir os efeitos do aumento do nível do rio Taquari.

“Buscamos fazer todo o trabalho possível para evitar o rompimento, mas devido ao volume de água não conseguimos ter acesso à barragem com os helicópteros mobilizados para levar os técnicos”, comentou Leite. “Isso vai ter um impacto e estamos trabalhando para mitigar os efeitos”.

Moradores devem sair de áreas de risco

Em nota, a Defesa Civil estadual informou que já vinha alertando a população para a elevação do nível do rio devido às fortes chuvas que atingem o estado desde a última sexta-feira, 24 e que, com apoio de outros órgãos públicos, está retirando as famílias que permaneciam nas áreas de risco.

“A orientação expressa é que os moradores dos municípios de Santa Tereza, Muçum, Roca Sales, Arroio do Meio, Encantado, Colinas e Lajeado deixem as áreas de risco e procurem abrigos públicos ou outro local de segurança para permanecer durante a elevação de nível do Rio Taquari”, alertou a Defesa Civil.

Também em nota, a Companhia Energética Rio das Antas informou que detectou o rompimento parcial do trecho direito da barragem às 13h40. Ainda segundo a companhia, o Plano de Ação de Emergência já estava em prática desde o início da tarde de ontem (1º), em coordenação com as Defesas Civis da região, com acionamento de sirenes de evacuação da área, para que a população local pudesse ser retirada com antecedência e em segurança.

“O grande problema agora é a velocidade com que a água vai descer rumo [às cidades de] Santa Bárbara e Santa Tereza. A altura da água não deve mudar muito, porque o nível do Rio das Antas já estava passando sobre a barragem. O risco agora é a vazão a partir da barragem 14 de Julho”, disse o secretário da Casa Civil, Artur Lemos, que no momento do rompimento já se encontrava em Bento Gonçalves, cidade vizinha a Cotiporã.

Assim que foi informado do rompimento, o secretário determinou que a equipe da Casa Civil contatasse imediatamente autoridades públicas dos municípios abaixo da barragem para que tomassem as medidas necessárias, como a evacuação de pessoas que continuam em áreas de risco. Segundo a Casa Civil gaúcha, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já está apurando as causas e consequências do rompimento.

Orientação expressa para moradores de São Francisco de Paula, Canela, Gramado, Nova Petrópolis, Vale Real e Feliz

Às 15horas 16min, a Defesa Civil do Estado emitiu novo alerta a população para a condição do Rio Caí, que recebeu expressivos volumes em razão das fortes chuvas dos últimos dias no Estado e está ultrapassando extraordinariamente sua cota de inundação.

A nota orienta os moradores de áreas próximas ao Rio nos municípios de São Francisco de Paula, Canela, Gramado, Nova Petrópolis, Vale Real e Feliz que deixem áreas de risco e procurem abrigos públicos ou outro local de segurança para permanecer durante a elevação de nível do Rio Caí.

As pessoas que não tiverem locais alternativos devem buscar informações junto à Defesa Civil da sua cidade sobre os abrigos públicos disponibilizados pelas Prefeituras, rotas de fuga e pontos de segurança.

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