CULTURA

Sala Redenção exibe filmes produzidos no contexto de povos originários

Com sessões diárias e entrada franca, a mostra ‘Cada Canto, Uma História’ exibe a cinebiografia do Canadá, Nepal, Nova Zelândia e Noruega
Por Gilson Camargo / Publicado em 26 de abril de 2023

Foto: Divulgação

Produção nepalesa de 2015, Keba Kokma, a montanha muda é o filme de abertura da mostra sobre povos originários

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Em cartaz na Sala Redenção de 2 a 8 de maio, a segunda parte da mostra de cinema Cada Canto, Uma História, que incursiona pela cinematografia produzida no contexto de povos originários de várias partes do mundo.

Depois de exibir filmes produzidos no Canadá, Estados Unidos, Nepal, Austrália e Brasil, a mostra traz em maio novas produções canadenses, do Nepal, Nova Zelândia e Noruega.

O filme que abre a mostra é o drama ficcional nepalês Keba Kokma: Dumb Mountain, de 2015, que retrata o cotidiano de uma família do povo limbu.

Já o povo Inuit, indígenas esquimós que habitam as regiões árticas do Canadá, Alasca e Groenlândia, aparece em duas produções do diretor Zacharias Kunuk.

Atanarjuat, o corredor mais veloz (2001) e Maliglutit (2016) terão duas exibições na programação. No dia 4, quinta-feira, após a exibição das 19h, Maliglutit será realizado um debate sobre as produções no contexto dos Inuit.

Os críticos de cinema Carla Oliveira e Sérgio Alpendre irão abordar a relação entre as duas produções do diretor canadense.

Da Nova Zelândia, a programação traz o documentário Patu! (1983), de Merata Mita. A diretora, do povo Maori, foi a primeira indígena e a primeira mulher a realizar um longa no país.

A Noruega está representada pelo filme Desbravador (1987), do diretor Nils Gaup, do povo Sami. A produção foi indicada ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1988.

As sessões são diárias, às 16h e às 19h, com entrada franca e aberta à comunidade em geral.

A mostra é uma realização do cinema da Ufrgs em parceria com o projeto Cineminga, a distribuidora canadense VTape e o arquivo audiovisual neozelandês Ngā Taonga Sound & Vision.

A Sala Redenção está localizada no campus central da Ufrgs, com acesso mais próximo pela Rua Eng. Luiz Englert, 333, em Porto Alegre. originários

PROGRAMAÇÃO: originários

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Documentário da Nova Zelândia reconstitui o levante contra o apartheid em 1981

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Keba Kokma: Dumb Mountain. Direção de Ranbir Limbu (Nepal, 2015, 88 min). A história retrata o cotidiano e o drama de uma família Limbu: o pai que adora tocar o tradicional tambor Chyabrung nas cerimônias da aldeia; seu filho que tem problemas na escola e a mãe, que trabalha duro em casa. Ao perder seu amado tambor, o pai precisa de um tronco de árvore e couro para fazer um novo. Exibições: 2/5, às 16h e 8/5, às 19h.

Atanarjuat, o corredor mais veloz. Direção de Zacharias Kunuk (Canadá, 2001, 172 min). A prole dos Tulimaq conta com Amaqjuag, o forte, e Atanarjuat, o veloz. Os dois provocam inveja em Oki, filho dos Sauri, já que são superiores a ele nas habilidades necessárias para a caça. Tomado pela inveja e pelo ciúme da jovem Atuat, que se apaixona por Atanarjuat, Oki tem sede de vingança e trama a morte de seu rival. Exibições: 2/5, às 19h e 4/5, às 16h. originários

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No filme canadense Maliglutit, ao voltar de uma caçada o guerreiro Kunana descobre que a mulher e a filha foram sequestradas

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Maliglutit. Direção de Zacharias Kunuk e Natar Ungalaaq (Canadá, 2016, 94 min). O filme é uma releitura de Rastros de Ódio, clássico de 1956 do diretor norte-americano John Ford, com John Wayne e Natalie Wood. O longa-metragem retrata o Ártico canadense, em 1913, onde Kuanana, ao retornar de uma caçada, precisa ir atrás de sua esposa e filha que foram sequestradas. Exibições: 3/5, às 16h e 4/5, às 19h. Após a projeção, haverá debate com os críticos de cinema Carla Oliveira e Sérgio Alpendre.

Patu! Direção de Merata Mita (Nova Zelândia, 1983, 112 min). Esse denso e muito bem produzido documentário retrata a desobediência civil em massa que ocorreu em toda a Nova Zelândia durante o inverno de 1981, em protestos contra o apartheid sul-africano. Estádios de futebol e ruas suburbanas transformados em campos de batalha, a produção recompila imagens viscerais de protestos em massa reprimidos com brutalidade pela policial. Exibições: 3/5, às 19h e 5/5, às 16h.

Desbravador. Direção de Nils Gaup (Noruega, 1987, 86 min). Depois de escapar do ataque de um grupo inimigo, o jovem caçador Aijin encontra abrigo no povoado vizinho. Na fuga, ele deixou rastros que denunciam seu esconderijo e agora terá que usar todo seu conhecimento sobre a região para escapar dessa caçada. Exibições: 5/5, às 19h e 8/5, às 16h.

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