CULTURA

4º Festival Internacional de Videodança e artes visuais estreiam na Fundação Ecarta

Diálogo com artistas marca a abertura das mostras de artes visuais e videodança que ficam em cartaz até 1º de outubro, com entrada franca
Da Redação / Publicado em 28 de agosto de 2023
4º Festival Internacional de Videodança e artes visuais estreiam na Fundação EcartaFoto

Foto: Divulgação

Videodança: “Childhood/Adulthood”, de Jagoda Turlik e Julia Domagalska, Szymon Pacholec, Piotr Werewka. Varsóvia, Polônia, 2022

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O Festival Internacional de Videodança do RS (FIVRS) chega à quarta edição, mostrando 49 videodanças, oriundas de 19 países e oito estados brasileiros. O FIVRS estreia nesta terça-feira, 29, às 19h, e fica aberta ao público, com entrada franca, até 1º de outubro, na Fundação Ecarta.

Os trabalhos combinam as linguagens das artes, vídeo e dança em temáticas livres com duração de até dez minutos.

O festival vem se consolidando rapidamente e ampliando sua abrangência, tendo recebido 152 inscrições de 24 países e quatro continentes.

Crisol, de Camila Magali Pereyra, Ushuaia, Tierra del Fuegom Argentina, 2021

Foto: Divulgação

Crisol, de Camila Magali Pereyra, Ushuaia, Tierra del Fuegom Argentina, 2021

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A projeção ocorre na Galeria Ecarta, com as produções sendo exibidas nas duas salas expositivas no térreo da Fundação.

África do Sul, Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Escócia, Espanha, Estados Unidos, França, Indonésia, Itália, México, Nigéria, Peru, Polônia, Portugal, Uruguai e Venezuela compõem a seleção.

No país são procedentes da Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.

A comissão avaliadora do FIVRS 2023 foi composta por Ana Sedeño Valdellós (Espanha), Constanza Cordovez (Chile), Gustav Courbet (Brasil), Leo Roat (Brasil), Mabel Cristina Filimón (Argentina) e Manoel Timbaí (Brasil). A realização é da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) em parceria com a Fundação Ecarta.

“São várias vertentes das artes visuais combinadas em três espaços expositivos diversos, integrando arte-educação, expressões da videodança de várias partes do mundo e valorização das raízes negras gaúchas na formação cultural do estado”, pontua o coordenador da Galeria Ecarta, André Venzon.

Afro-gauchismo

Loma Pereira, peça da exposição Afro-gauchismo em cartaz, de Thiago Madruga

Foto: Reprodução

Loma Pereira, peça da exposição Afro-gauchismo em cartaz, de Thiago Madruga

Foto: Reprodução

A exposição “Afro-gauchismo em cartaz”, de Thiago Madruga, apresenta 14 colagens digitais com representação de personalidades negras gaúchas, vinculadas à cultura tradicionalista e nativista do estado como Cesar Passarinho, Alemão Preto, Adriano Alves, Seu Felício, Nilton Vaqueiro, Kako Xavier, Sentinela do Cerro, Negro Dorival, Negro Lelé, Almeidinha, Liliana Cardoso, Gabrielli Pio, Loma Pereira e Maria Eliane Rodrigues Espíndola.

O trabalho integra o projeto Raízes, em que o artista rio-grandinho se engaja no movimento pela visibilidade da população negra no processo de formação étnica e cultural do estado.

É o quarto projeto selecionado pelo edital da Galeria Ecarta para o Projeto Potência, voltado a jovens artistas e à arte contemporânea.

“Essas colagens são fendas, portais de acesso a personagens negros em uma história embranquecida. E acredito que ao colocá-los em cartaz, posso utilizar o poder simbólico desse reconhecido dispositivo de comunicação, para potencializar a visibilidade de suas presenças e fomentar a circulação de suas narrativas”, pontua o artista visual Thiago Madruga, que tem graduação em Artes Visuais na Furg e mestrado em Artes Visuais na UFPel.

Xilogravuras

Loma Pereira, peça da exposição Afro-gauchismo em cartaz, de Thiago Madruga

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O planeta, de Arlete Santarosa

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Na exposição O Pequeno Príncipe em xilogravuras – Artista Professor/Professor artista, Arlete Santarosa mostra seis xilogravuras em uma interpretação do clássico O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry, na qual arrisca um novo olhar sobre as ilustrações de um dos livros mais lidos e relidos mundialmente. A mostra tem texto de apresentação do professor e escritor Armindo Trevisan.

Com formação em Belas Artes e Artes Visuais entre outras, a artista e professora Arlete tem larga trajetória como educadora, tendo lecionado em 13 escolas estaduais em diferentes níveis.

Como artista, tem várias premiações e participações em exposições individuais, coletivas, salões e bienais de gravura desde os anos 1980. Suas obras constam de vários acervos institucionais e particulares do Brasil e exterior.

Serviço

Abertura de três exposições na Fundação Ecarta
– 4ª Mostra Internacional de Videodança – Galeria Ecarta

– Afro-gauchismo em cartaz, de Thiago Madruga – Sala Potência
– Xilogravuras da série “O Pequeno Príncipe”, de Arlete Santarosa – Projeto Artista Professor/Professor Artista
Data: 29 de agosto, às 19h
17h – Conversa com artistas
Visitação:  até 1º de outubro de 2023, de terça a domingo – das 10h às 18h
Local: Fundação Ecarta (Avenida João Pessoa, 943 – Porto Alegre)
Entrada franca

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