CULTURA

Publicação busca registrar e traduzir os saberes indígenas e suas perspectivas

A obra foi publicada em português e guarani mbya e terá lançamento em Porto Alegre, no dia 19 de agosto
Da redação / Publicado em 16 de agosto de 2023
Publicação busca registrar e traduzir os saberes indígenas e suas perspectivas

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Impresso terá lançamento em Porto Alegre, no dia 19 de agosto

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Na busca por traduzir os saberes indígenas e registrar suas perspectivas sobre educação, arte, saúde e território, o artista Daniel Kuaray Papa, em parceria com a liderança espiritual, jovens da escola e das comunidades Tekoa Mymba Rokae Tekoa Yv’a, em Santa Catarina, e Maquiné, no Rio Grande do Sul, produziu o impresso Teko Jexauka – ensinando nosso modo de ser  (Riacho, 32 págs).

A obra terá lançamento em Porto Alegre, no dia 19 de agosto, às 9h, na Banca do Meio da Feira dos Agricultores Ecologistas,  na Rua José Bonifácio. A atividade contará com a presença do autor, roda de mate e troca de ideias. 

A publicação é resultado de uma criação coletiva, com imagens múltiplas e transcrição da oralidade dessas comunidades. São registros de  encontros, desenhos e materiais fotográficos colhidos junto aos jovens da aldeia, entre 2019 e 2023. A obra inclui ainda um pequeno glossário e um guia de como ler as palavras guarani mbya. “Pra mostrar como é a arte (…), eu tava só refletindo. Não sei como expandir esse conhecimento para não-indígena e próprio guarani no mundo perceber que todos somos artistas”, avalia Kuaray no capítulo intitulado Tudo.

A frase Teko Jexauka que dá título ao impresso primeiro foi traduzida como “mostrando o cotidiano da aldeia” e depois “ensinando nosso modo de ser”. Na última noite do projeto os realizadores começaram a entender Teko Jexauka como “o próprio estado de abertura”, “a cultura de se abrir para o novo”, “o encontro como processo de transformação”. 

De acordo com o autor, a proposta da publicação em formato de jornal é “traduzir o cotidiano da aldeia” e inclui o transitar pelos territórios e suas práticas: a poesia do escutar, do colocar o corpo. Para os produtores da obra, foi sempre no encontro presencial que se manifestaram as imagens e palavras mais vivas. E isso se reflete no desenho como cultivo de territórios e atividades, na abertura para brincadeira, para a constante adaptação do planejamento, e os diferentes estados de espírito pessoais e comunitários.

A obra é bilíngue, em português e  guarani mbya. O impresso parte de uma caminhada do autor na tradução do saber indígena, junto com Dani Eizirik e Gabi Bresola, que compõem o projeto, buscando olhares sobre a arte guarani na cultura contemporânea.

Serviço:

Impresso “Teko Jexauka – ensinando nosso modo de ser” (2023)
Riacho: 32 págs., R$ 9,00 – Bilíngue: português e guarani mbya;
Sessão de autógrafos: 19 de agosto (sábado), na FAE – Feira dos Agricultores Ecologistas (Porto Alegre: Banca do Meio | Rua José Bonifácio), às 9h;
Onde comprar (digital): Riacho ou Ombu
Livrarias: Via Sapiens (Porto Alegre) e Banca Tatui (São Paulo);
Informações: tekojexauka@gmail.com | https://riacho.me/

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