Jornalista estreia na literatura com romance policial

O jornalista Tom Belmonte lança no dia 19, às 18h, no Espaço Amelie, e no dia 29, na Praça de Autógrafos Gerdau da 69ª Feira do Livro de Porto Alegre, o livro Círculo de Sangue (Carta Editora, 192p.), romance policial de ficção que marca a sua estreia na literatura. O livro é o primeiro de uma trilogia que o autor pretende completar com Rincão do Inferno, em 2024, e Guerrilhas do Coração, em 2025.

Ambientado na Porto Alegre do início do século e na missioneira São Borja, cidade natal do autor, o livro adota uma narrativa de cinema noir para abordar as relações tóxicas que acabam dizimando uma família de classe média envolvida em traições e escândalos internos que vira caso de polícia.

A trama tem como pano de fundo a Usina do Gasômetro e outras referências da capital gaúcha e se mistura à efervescência da primeira edição do Fórum Social Mundial, em 2001.

“A narrativa é um divã emocional que coloca o leitor em constante reflexão sobre o quanto o amor e o desamor podem marcar e definir vidas para sempre. Um mergulho nas dualidades humanas”, adianta Belmonte. A obra não é uma autobiografia. Porém, está impregnada das experiências de vida do autor e a construção da narrativa traz marcas da sua experiência como repórter de polícia.

Labirinto

“Há, sim, um pedaço do autor e certamente de cada um de nós, leitores, em seus personagens e história transbordante em sentimentos díspares nos quais ausência de amor, raiva e vingança revezam-se dramaticamente. É um labirinto vibrante onde o ontem e o hoje estão longe de serem resolvidos”, instiga o colega Heron Vidal, na apresentação do livro.

“Círculo de Sangue é um tiro à queima-roupa. Nu, cru, alicerçado nas misérias da alma, cortante como uma navalhada no escuro. Devassa as vidas e as mortes numa família destroçada por intrigas. Belmonte não poupa adjetivos e sinceridades chocantes na trajetória de seus personagens, fronteiriços criados em meio a gado, bolas de gude, brigas de bodoque, amores violentos e muito portunhol”, pontua o jornalista Humberto Trezzi, autor do prefácio.

Amilton (Tom) Medeiros Belmonte, 54 anos, é jornalista, formado pela Unisinos. Atuou por quase uma década como repórter policial no Correio do Povo, de Porto Alegre, e como assessor de imprensa da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul (RS).

Por sete anos escreveu sobre Segurança Pública, Política, Economia, Educação e Esporte para todos os jornais do Grupo Editorial Sinos, de Novo Hamburgo (NH), cidade onde também atuou como diretor do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), da prefeitura.

Foi ainda correspondente para o RS da Agência de Notícias da Suíça e colaborador de publicações regionais e nacionais diversas como o Jornal Extra Classe e as revistas Amanhã, Contra Relógio e Carta Capilé.