EDUCAÇÃO

Campanha salarial mobiliza comunidade escolar do estado

Com o slogan É Hora de Salário, professores e funcionários da rede privada de ensino reivindicam reajuste de 13% nos vencimentos
Da Redação / Publicado em 22 de março de 2000
Slogan da campanha "É Hora de Salário"

Foto: René Cabrales

Assembleias da categoria têm mobilizado professores e funcionários em todo o Rio Grande do Sul

Foto: René Cabrales

Os professores e funcionários das escolas particulares do Rio Grande do Sul estão realizando campanha salarial unificada, a exemplo dos anos anteriores. A data-base das categorias é em março.

Um show agendado para o dia 27 de fevereiro, no Parque Moinhos de Vento (Parcão), em Porto Alegre, marcará o lançamento estadual da mobilização. No palco, a partir das 17h, estarão Nei Lisboa, The Hard Working Band e Pagode do Dorinho.

Várias atividades estão sendo preparadas também para o interior do estado. Além do reajuste salarial de 13%, os professores estão reivindicando o reconhecimento e a remuneração da Hora-Atividade (trabalho extraclasse desenvolvido na preparação de aula e correção de provas), unificação do calendário escolar anual e melhoria nos percentuais de adicional por aprimoramento acadêmico.

“Nos últimos anos, as escolas vêm reajustando as mensalidades bem acima do reajuste salarial dos professores e funcionários sob a justificativa de investimentos pedagógicos”, destaca Marcos Fuhr, diretor do Sinpro/RS.

De 1996 a 1999, o salário dos empregados foi reajustado em 47,94%. As anuidades do ensino básico, por sua vez, subiram em média 84,25% no mesmo período. As do ensino superior tiveram alta média de 86,01%.

“Basicamente as escolas têm investido em infraestrutura, como a construção de novos prédios e ginásios de esporte”, revela Fuhr. “Agora chegou a hora de discutirmos investimentos no salário dos professores e funcionários”.

O reajuste de 13%, de acordo com o dirigente, combina a projeção inflacionária até o mês de fevereiro, com base no INPC/IBGE, e a média de reajuste das mensalidades escolares.

No cálculo também foi considerado um aumento real de salário. Duas universidades já anunciaram reajustes de mensalidades: a PUC confirmou os 11,4% e a Unisinos vai adicionar 12,24% às mensalidades.

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