EDUCAÇÃO

Vencedores trabalham a inclusão social pela Educação

Publicado em 22 de outubro de 2006

A comissão julgadora do Prêmio Educação RS 2006 anunciou os vencedores deste ano no dia 30 de setembro, sábado, com um destaque: o principal critério de avaliação foi a ação efetiva do profissional, da instituição e do projeto na inclusão social por meio da Educação. Os ganhadores receberão o troféu Pena Libertária em solenidade no dia 11 de outubro, a partir das 19h, na sede estadual do Sinpro/RS, em Porto Alegre (Avenida João Pessoa, 919).

Dos três vencedores, dois trabalham com o resgate da cidadania de infratores: o projeto Medidas Socioeducativas: da Repressão à Educação, coordenado pela professora Carmem Craidy, da UFRGS, e realizado junto a adolescentes que praticaram ato infracional e cumpriram a Medida de Prestação de Serviço à Comunidade na própria universidade; e a professora Neila Sperotto, responsável pela implantação do primeiro curso superior dentro de um presídio, no Madre Pelletier, em Porto Alegre, reunindo numa mesma turma do curso de Serviço Social alunas em reclusão de regime fechado e alunos que exercem cargo de agente penitenciário, possibilitando a transformação da vida e da concepção de mundo destes dois atores sociais. Na categoria instituição, foi vencedora a Associação Vida Nova, de São Leopoldo, de caráter filantrópico e sem fins lucrativos, mantedenora do Centro de Educação e Reabilitação Vida Nova, destinado a crianças com necessidades especiais múltiplas, e da Escola de Ensino Fundamental Vida Nova, que prioriza o atendimento à criança e ao adolescente com deficiência auditiva. É a única escola inclusiva na região que utiliza a linguagem de sinais (Libras) como parte do currículo em todas as séries.

A avaliação das 204 indicações foi uma tarefa árdua, segundo a professora Fátima Ali, integrante da comissão julgadora. “Recebemos vários trabalhos louváveis”, destaca, fato que levou a comissão a fazer ainda destaque especial a outros três projetos: Feira do Livro em Braile, do Colégio Bom Conselho de Porto Alegre, que visa a incluir os deficientes visuais como leitores de obras de autores contemporâneos; Leitura na Kombi, da URI, Campus de Santiago, que promove o acesso à leitura, principalmente de crianças de baixa renda e pessoas fora do contexto escolar, levando até os bairros uma kombiteca com mais de 1.500 livros de literatura e com acadêmicos que dramatizam personagens de histórias infantis; e o Dança Inclusiva, da Companhia de Dança Andança, que inclui alunos portadores de necessidades múltiplas (física e mental), do Colégio Estadual Cônego Paulo de Nadal, no mundo do movimento e da dança.

“Neste ano, o número de indicações bateu o recorde das edições anteriores: foram 92 indicados na categoria projeto 76 profissionais e 36 instituições. Isso revela a importância social da iniciativa do Sindicato”, avalia Cecília Farias, diretora do Sinpro/RS. O perfil detalhado dos vencedores do Prêmio Educação RS 2006 está disponível no site do Sinpro/RS (www.sinprors.org.br/premio).

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