EDUCAÇÃO

Conselho rejeita plebiscito e mantém reitor da UCS

Publicado em 18 de abril de 2010

 

Nove dias após a apuração do resultado de uma votação realizada com professores, funcionários e alunos e que elegeu a professora Nilva Lúcia Rech Stédile para a Reitoria da terceira maior universidade comunitária do estado, o Conselho Diretor da Fundação Universidade de Caxias do Sul, mantenedora da UCS, rejeitou a consulta e decidiu pela manutenção de Isidoro Zorzi no cargo pelos próximos quatro anos. A consulta à comunidade acadêmica, totalizando 10,7 mil votos, foi realizada de 15 a 20 de março.

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Foto: Jonas Ramos

Foto: Jonas Ramos

A votação do Conselho ocorreu no dia 29. Zorzi foi reeleito com oito votos, incluindo a sua própria indicação já que, como representante da UCS, integra o Conselho e tem direito a voto. Nilva Stédile recebeu um voto. A decisão dos conselheiros de não seguir a indicação da comunidade acadêmica, a exemplo do que acontecera há quatro anos, quando o nome de Zorzi foi previamente aprovado na votação direta, provocou indignação. “A reeleição não foi pautada por critérios acadêmicos, técnicos ou científicos; não considerou a melhor proposta de gestão, o melhor currículo ou a melhor defesa, conforme avaliação que ouvimos dos próprios conselheiros durante a nossa defesa”, protestou Nilva Stédile, que recebeu mais de 6 mil votos na consulta. “Essa conduta mostra uma tendência antidemocrática”.

O presidente do Conselho, João Paulo Reginatto, acusa o meio acadêmico de tentar “impor sua decisão” e “polemizar” o processo sucessório. Reginatto minimizou a importância da consulta, afirmando que a indicação de três candidatos foi transformada em “uma eleição”. “Quem decide são os conselheiros, a partir de critérios como o cotejamento dos currículos e das propostas de gestão”, explicou.

IES COMUNITÁRIAS – Sinpro/RS, Sinpro Caxias e Sinpro/Noroeste e associações de professores promoveram, no dia 20 de março, no campus da UCS em Caxias, o I Seminário Regional sobre o Projeto de Lei das Universidades Comunitárias. As reivindicações dos professores para o apoio ao PL são gestão democrática, participação comunitária nos órgãos colegiados, transparência administrativa, condições de trabalho e planos de carreira e ensino de qualidade. O próximo seminário será no dia 8 de maio, das 10h às 14h, na UCPel, em Pelotas. Informações e documentos em www.sinprors.org.br/comung.

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