EDUCAÇÃO

ACM fecha escola inclusiva

Publicado em 25 de dezembro de 2011
Radavelli: “não trabalhamos mais com esse produto”

Foto: Comunicação/Sinpro/RS

Radavelli: “não trabalhamos mais com esse produto”

Foto: Comunicação/Sinpro/RS

A decisão da Associação Cristã de Moços do Rio Grande do Sul (ACM-RS) de encerrar as atividades da Escola ACM Zona Norte, localizada no bairro Santa Maria Goretti, em Porto Alegre, provocou a revolta de pais e professores. A escola atendia 128 alunos, sendo 67 portadores de necessidades especiais que ficaram sem atividades com a interrupção do ano letivo.

A dispensa antecipada do quadro docente é questionada pelo Sinpro/RS. “A instituição não pretende pagar a integralidade dos direitos rescisórios dos professores ao simular o final antecipando do ano letivo”, aponta Marcos Fuhr, diretor do Sinpro/RS.

O diretor da Rede Acemista de Ensino, Leopoldo Radavelli, sustenta que não houve interrupção nas atividades docentes nem prejuízo aos alunos. Familiares de alunos e professores afirmam que o final do ano letivo foi antecipado, comprovado, inclusive por documento da ACM que informa a antecipação das avaliações para 25 de novembro, último dia de aula na unidade Zona Norte.

Até o fechamento desta edição, muitos alunos continuaram comparecendo às aulas, mas foram recebidos por funcionários de serviços gerais e ficam sem atividades letivas, pois os 13 professores e seis técnicos foram demitidos após o anúncio de fechamento da escola, segundo relato da professora Naide Silveira. “A ACM quer se livrar dos alunos especiais”, acusa Silvio Santos de Oliveira, que mantinha a filha de 12 anos na escola com mensalidade de R$ 600. “Esse produto (educação especial) nós não vamos mais colocar na nossa prateleira”, disse Radavelli sobre o fechamento da escola inclusiva.

Familiares de alunos manifestaram indignação com atitudes da direção da ACM

Foto: Comunicação/Sinpro/RS

Familiares de alunos manifestaram indignação com atitudes da direção da ACM

Foto: Comunicação/Sinpro/RS

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