EDUCAÇÃO

Sinpro/RS e Sinepe/RS iniciam negociação salarial

Até o fechamento desta edição, os sindicatos haviam realizado três reuniões. Dentre as reivindicações, 9% de reajuste salarial
Publicado em 10 de abril de 2015
Negociações estão ocorrendo em câmaras setoriais da educação superior (E) e da educação básica (D)

Fotos: Ascom Sinpro/RS

Negociações estão ocorrendo em câmaras setoriais da educação superior (E) e da educação básica (D)

Fotos: Ascom Sinpro/RS

A pauta de reivindicações dos professores foi entregue pelo Sinpro/RS no dia 10 de março, quando se deu início às tratativas com vistas à Convenção Coletiva de Trabalho
2015. Dentre as reivindicações, 9% de reajuste salarial, calendário unificado, limitação no número de alunos por turma, remuneração de todo o trabalho realizado pelo professor, equiparação salarial entre os anos iniciais e anos finais do ensino fundamental.
Até o fechamento desta edição do Extra Classe, foram realizadas três rodadas de negociação, em câmaras setoriais distintas. A cada encontro, após as discussões, o Sindicato dos Professores propõe a redação de cláusulas. Ao final da segunda reunião,
no dia 17 de março, o Sinepe/RS informou que iria orientar as instituições de ensino a repassar nos salários de março até 5% de reajuste (parte da inflação do período). No mesmo período, a direção do Sinpro/RS recebeu comunicado da comissão das instituições
comunitárias com orientação às instituições para a antecipação do reajuste nos salários de março com base no INPC (7,68%).

EDUCAÇÃO SUPERIOR – Na Câmara da educação superior, já foram discutidos o calendário escolar; recesso e férias; autonomia do professor; e regulamentação e remuneração do trabalho docente nas atividades acadêmicas específicas, como supervisão de estágios, participação em reuniões regulares e sem periodicidade regular, exercício de representação institucional, coordenação de curso, participação em bancas de avaliação, orientação em trabalhos de conclusão de curso, participação em conselhos superiores e/ou comissões. Também foram iniciadas as discussões sobre a limitação do número de alunos por turma.

EDUCAÇÃO BÁSICA – A Comissão centrou as discussões no aumento real do salário, aumento dos pisos, equiparação salarial no ensino fundamental, autonomia do professor e limitação no número de alunos por turma. “Queremos sensibilizar as escolas sobre a importância da equiparação dos valores de hora-aula dos anos iniciais com os anos finais do ensino fundamental. Não é possível que profissionais com a mesma formação sejam discriminados, recebendo valores tão diferenciados”, destaca Cássio Bessa, diretor do Sinpro/RS.

REIVINDICAÇÃO
Equiparação salarial ganha campanha nacional
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) lançou em março campanha nacional pela equiparação salarial na educação básica, que tem como slogan Professor é professor! Diferentes, mas iguais. A campanha alerta a sociedade em geral e a comunidade escolar para as disparidades entre os valores pagos aos docentes da educação infantil, dos anos iniciais e finais dos ensinos fundamental e do médio.

Os materiais produzidos para a campanha focam no senso de justiça, destacando que os professores desse nível de educação têm a mesma formação, mesma necessidade de atualização constante e volume de trabalho equivalente, o que não justifica as diferenças salariais atuais.

A campanha está sendo veiculada pela Contee em mídia nacional e os sindicatos de professores de vários estados em seus sites e redes sociais. A equiparação salarial é um dos temas tratados na mesa de negociação entre Sinpro/RS e Sinepe/RS em 2015, na Câmara da educação básica.

NOTAS –  ULBRA – Em 20 de março, a Ulbra pagou as multas correspondentes aos atrasos no pagamento dos salários de férias/janeiro (10%) e de fevereiro (4% para os professores da educação superior e 4,5% aosprofessores da educação básica). Também foi paga a última parcela das multas devidas de 2013. “Os pagamentos representam uma regularização das últimas pendências salariais e um novo padrão de conduta institucional no cumprimento da CCT, sem a necessidade de recorrer ao Judiciário”, explica Marcos Fuhr, da direção do Sinpro/RS. Em comparação com 2014, em que houve atrasos esparsos, a virada do ano foi preocupante. No ano passado, depois da transição 2013/14, com a integralização das pendências em abril e o parcelamento das multas, só ficou para o segundo semestre a 1ª parcela do 13º, paga em dezembro com a multa. Em janeiro o parcelamento do salário de dezembro só foi pago nos dias 8, 16, e 23. Permaneceu o não pagamento antecipado das férias, que só viria nos dias 9, 13 e 27. Sem contar o salário de fevereiro, também parcelado em duas vezes: 60% pagos no dia 06 de março e 40% no dia 13. Saiba mais no Período Livre, no site www.sinprors.org.br.

APAEPERS

Foto: Edimar Blazina/Ascom Sinpro/RS

Foto: Edimar Blazina/Ascom Sinpro/RS

APAEPERS – Assembleia geral da Associação dos Professores Aposentados do Ensino Privado do RS (Apaepers), realizada no dia 27 de março, reconduziu a professora Glória Bittencourt (à esquerda na foto) à presidência da entidade para o próximo triênio 2015/2017.

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