EDUCAÇÃO

Aelbra e Sinpro/RS querem impugnar leilão

Publicado em 6 de dezembro de 2018
Quatro instituições mantidas pela Aelbra no Norte e Centro-Oeste foram a leilão pela segunda vez em novembro, em Canoas

Foto: Gilson Camargo - Ascom/Sinpro/RS

Quatro instituições mantidas pela Aelbra no Norte e Centro-Oeste
foram a leilão pela segunda vez em novembro, em Canoas

Foto: Gilson Camargo - Ascom/Sinpro/RS

Quatro instituições mantidas pela Aelbra no Norte e Centro-Oeste do país foram a leilão judicial no dia 20 de outubro, por determinação da Justiça do Trabalho. Essa é a segunda vez que o lote de seis instituições da Aelbra em outros estados é ofertado em leilão judicial. O primeiro leilão, realizado em março, foi anulado por solicitação do Sinpro/RS e da Aelbra depois que o arrematante descumpriu os prazos para a efetivação do negócio. Depois disso, duas das seis instituições que constavam no lote, o Centro Universitário Ji-Paraná e o Instituto Luterano de Porto Velho, foram negociados por R$ 115,5 milhões em uma venda judicial efetivada em outubro. A receita da venda de patrimônio pela Aelbra será destinada ao pagamento do passivo trabalhista da Aelbra/Ulbra.

As quatro instituições remanescentes foram oferecidas em leilão pelo total de R$ 1,33 bilhão e foram arrematadas por menos de 30% da avaliação judicial, por R$ 315 milhões. O lance vencedor foi dado pelo representante da Faculdade Integrada Carajás (FIC), com sede no município de Redenção, no Pará. De acordo com o leiloeiro Jaimir Bonfanti, a arrematação não assegura a efetivação da compra. O resultado do leilão será submetido ao juiz titular da 3ª Vara do Trabalho de Canoas, Luiz Fernando Bonn Henzel, que fará a mediação entre a Aelbra e o Sinpro/RS e os compradores.

O advogado Rogério Malgarin, presidente do Conselho de Administração da Aelbra, adiantou que solicitará a impugnação do resultado do leilão devido ao valor do lance, que ficou abaixo de 30% do valor da avaliação judicial das quatro instituições. O diretor do Sinpro/RS, Marcos Fuhr, também manifestou desapontamento com o valor da arrematação e afirmou que o Sinpro/RS irá se opor à homologação da venda, “uma vez que o valor não permitirá quitar o passivo trabalhista da instituição”.

Duas reuniões foram realizadas em novembro entre a Aelbra e o Sinpro/RS com representantes do Centro Universitário São Lucas, de Rondônia, que adquiriu o Centro Universitário Ji-Paraná e o Instituto Luterano de Porto Velho, e o Sinpro/RO, com vistas ao detalhamento das condições de transferência da gestão e definição das obrigações em relação à manutenção e/ou rescisão dos contratos de trabalho de professores e funcionários das instituições que estão em processo de transferência.

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