EDUCAÇÃO

Professores do IPA aprovam indicativo de paralisação

A deliberação de entrar ou não em greve será tomada em novas assembleias agendadas para os dias 8 e 21 de maio
Publicado em 10 de maio de 2019

Professores greve IPA

Foto: Divulgação

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Em Assembleia Geral realizada no dia 3 de maio, na sede estadual do Sinpro/RS, os professores do Centro Universitário Metodista (IPA) decidiram pelo indicativo de nova paralisação ainda neste mês. A deliberação de entrar ou não em greve será tomada em novas assembleias agendadas para os dias 8 e 21 de maio, tendo como condicionante as pendências dos salários de março e abril, respectivamente.

Os docentes já paralisaram as atividades, de 18 de fevereiro a 6 de março deste ano, pela falta de pagamento do salário de 30 dias de férias e parte do salário de janeiro.

A mobilização dos professores contou com uma série de ações para dar visibilidade pública ao problema e buscar uma solução. Dentre elas, audiência pública na Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, denúncia ao Ministério Público e pedido de interferência da Igreja Metodista, proprietária do Centro Universitário Metodista.

Na ocasião, os representantes da Rede Metodista se reuniram com o Sindicato somente dez dias após o início da greve para discutir o problema. Foi quando reafirmaram o pagamento dos salários em atraso. Os diretores do Sinpro/RS destacaram a importância da revisão da política acadêmico-administrativa que vem dificultando o aporte de alunos e comprometendo as perspectivas de continuidade do IPA.

A decisão da assembleia de nova greve foi tomada diante das perspectivas negativas da instituição e do acúmulo de dois salários em atraso.

O IPA, criado em 1923, é uma das mais conceituadas instituições de educação superior do estado.

 

NOTAS

FEEVALE – Iniciadas ainda no mês de janeiro, com seguimento em março e abril, as negociações entre o Sinpro/RS e a Feevale foram consolidadas pelas três assembleias de professores realizadas no final de abril. Trata-se de acordo que equacionou a atuação e remuneração dos professores na carga horária a distância nos novos cursos presenciais e para a produção de conteúdo para os cursos ofertados em EaD (Feevale Digital). Segundo o diretor do Sinpro/RS, Rodrigo Perla, “a complexidade do assunto exigiu muitas reuniões, e a preocupação do Sindicato com a legitimidade do acordo ensejou a assembleia dos professores em três momentos para deliberação”.

URCAMP – No dia 14 de maio, serão retomadas as tratativas entre o Sinpro/RS e a Urcamp para resolver a remuneração dos professores com atuação nos cursos com Currículo I. A proposta negociada pelo Sindicato com a Reitoria teve sua votação suspensa por decisão do segmento majoritário da assembleia de professores, ocorrida em Bagé, no último dia 25 de abril. Nova assembleia será reinstalada tão logo o Sinpro/RS tenha uma nova proposta para deliberação.

REFORMA DA PREVIDÊNCIA – O Sinpro/RS disponibiliza em seu site (www.sinprors.org.br) o abaixo-assinado lançado pelas centrais sindicais contra a proposta de reforma apresentada pelo governo Bolsonaro. O documento será entregue no início de junho ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), como forma de pressionar os parlamentares. No site do Sindicato, também está disponível ferramenta exclusiva para os professores que calcula os prazos de aposentadoria pelo regime atual e pela proposta da reforma.

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