EDUCAÇÃO

Reitores entram na Justiça contra o Ministro da Educação

No processo pedem ao ministro Abraham Weintraub que explique suas declarações sobre plantações de maconha e produção de drogas sintéticas dentro das universidades federais
Por Marcelo Menna Barreto / Publicado em 6 de dezembro de 2019
O ministro da Educação é uma usina de memes que inundam a internet

Foto: Reprodução/YouTube

O ministro da Educação Abraham Weintraub é uma usina de memes que inundam a internet

Foto: Reprodução/YouTube

A incontinência verbal do ministro da Educação de Jair Bolsonaro, Abraham Weintraub, já lhe começa apresentar problemas que ultrapassam os milhares de memes que o ridicularizam nas redes sociais. Reitores das universidades federais entraram na Justiça exigindo que o titular do MEC explique as declarações recentes que deu sobre as, em suas palavras, “plantações extensivas de maconha” e laboratórios de produção de drogas sintéticas dentro das instituições de ensino superior mantidas pelo governo. Na mesma linha, na última quarta-feira, 4, a Comissão de Educação da Câmara convocou o ministro para prestar depoimento junto ao colegiado.

Protocolada na Justiça Federal de Brasília pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) a ação contra Weintraub pede que ele apresente provas que sustentem suas declarações, informações sobre a quem elas foram especificamente dirigidas, além da informação de quais foram as providências tomadas pelo MEC nos casos divulgados e uma possível retratação do ministro.

A Andifes ainda registra que as manifestações dadas podem gerar consequências civis para a União e civis e criminais para Weintraub.

CÂMARA – A declaração sobre drogas, dita em entrevista ao Jornal da Cidade e divulgada pelo próprio ministro em suas redes sociais, causou tanta perplexidade no parlamento que o requerimento de convocação foi aprovado por 24 votos a 8. Ao todo, foram cinco requerimentos apresentados e, por não ser um convite, é obrigatória a prestação de contas à Comissão de Educação. Caso não compareça e não apresente alguma justificativa para sua ausência, Weintraub pode responder por crime de responsabilidade.

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