GERAL

Com um professor deve agir com um aluno soro-positivo?

César Fraga / Publicado em 24 de setembro de 1999

De acordo com a assistente social e voluntária do Gapa, Maria Josefina Becker, em primeiro lugar é preciso não discriminar o aluno, agindo da mesma maneira como com os demais. “A única coisa que pode levar um professor a ter atitudes discriminatórias é a falta de informação, pois em princípio não há motivos para um estudante HIV positivo ser tratado de forma diferente dos demais colegas”, afirma a voluntária. Outra coisa importante, segundo ela, é o professor respeitar o sigilo do aluno. “Ele é quem decide se quer dividir com os colegas, ou não, a sua condição”. Para ela, quando o professor for buscar informação a respeito perceberá que um soro- positivo não é nocivo ao grupo e não oferece risco algum. “Um aluno portador de gripe oferece mais riscos à turma do que um soro-positivo”, diz a assistente social. Maria Josefina acrescenta que abraçar, dividir o lanche e até mesmo beijar não transmite o vírus. Portanto, não há o que temer. “Nada do que ocorre em sala de aula oferece perigo”, completa.

“Por outro lado, é importante que os professores façam um trabalho educativo no que se refere ao assunto, principalmente no que diz respeito à prevenção por meio de práticas que devem ser incorporadas aos hábitos dos alunos com a mesma naturalidade com que se escova os dentes”. Ela se refere ao uso de preservativo em relações sexuais e o não compartilhamento de seringas pelos usuários de drogas injetáveis.

Professores que desejarem esclarecer maiores dúvidas sobre o assunto podem ligar para a sede do Gapa 0 (xx) 51 221 6363.

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