GERAL

Justiça bloqueia bens da 3ª geração do ex-Reitor da Ulbra

Netos de Ruben Becker não podem se desfazer de carros nem gastar dinheiro da conta corrente
Por Naira Hofmeister / Publicado em 12 de dezembro de 2009

Considerados dependentes na Declaração de Imposto de Renda do ex-vice-Reitor da Ulbra Leandro Becker, os netos de Ruben Becker tiveram seus bens bloqueados pela Justiça Federal de Canoas. O juiz Guilherme Pinho Machado entendeu que os carros dos dois filhos de Leandro, um Hyundai I30 e um Fox não poderiam ter sido comprados com dinheiro próprio. Uma neta de Ruben Becker também teve R$ 200 mil de sua conta bancária indisponibilizados pelo juiz.

Dessa forma, as ações da Justiça Federal atingem até a terceira geração de familiares do ex-Reitor. Se os bens serão utilizados para o pagamento da dívida com a União – que já beira os R$ 3 bilhões – isso ainda não está definido. Os garotos afirmam que suas posses eram fruto de poupanças feitas ao longo da vida. A decisão caberá ao juiz Daniel Luersen, que substitui Pinho Machado durante suas férias.

Investigados pela PF também devem responder na Vara Cível
Antes de sair de férias, o Dr. Guilherme Pinho Machado determinou o bloqueio do patrimônio dos 13 investigados pela Polícia Federal. A medida tem caráter cautelar, já que a Vara Cível de Canoas estuda determinar o redirecionamento da dívida também a essas pessoas. A decisão está nas mãos do juiz substituto, Daniel Luersen. A determinação pretende evitar a ocultação de bens.

Poucos dias antes do redirecionamento do executivo fiscal para Ruben Becker, o ex-Reitor vendeu um motor-home que integraria lista de veículos de sua posse a serem leiloados, divulgada pouco tempo depois. O comprador é um dos investigados pela Polícia Federal: Juliano Rubens Ribeiro dos Santos, proprietário da MaxiTravel Agência de Viagens, que possuía uma loja dentro do Campus Canoas da Ulbra.

Apesar da precaução da Justiça Federal, o levantamento de patrimônio dos investigados pela PF se revelou bastante singelo. Foram encontrados dez carros e apenas R$ 15 mil reais, que agora estão bloqueados por ordem judicial.

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