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CUT/RS avalia negociações coletivas

Publicado em 24 de dezembro de 2011
Conferência da CUT/RS reuniu lideranças sindicais

Foto: Igor Sperotto

Conferência da CUT/RS reuniu lideranças sindicais

Foto: Igor Sperotto

O economista do Dieese/RS, Ricardo Franzói, afirmou que os empresários gaúchos assumiram uma postura de resistência ao piso regional ao se negarem a debater produtividade nas negociações com os trabalhadores. “Devemos nos questionar se os trabalhadores estão se beneficiando do crescimento econômico do país”, questionou durante a conferência Balanço das Negociações Coletivas de 2011 e Perspectiva da Contratação 2012, promovida pela CUT/RS no dia 25 de novembro, em Porto Alegre. O evento contou ainda com painel do diretor-técnico nacional do Dieese, Clemente Ganz Lucio, participação do presidente da CUT/RS, Celso Woyciechowski, e reuniu lideranças do movimento sindical. Representaram o Sinpro/RS os diretores Cássio Bessa e Celso Stefanoski, e o assessor jurídico Victor Bresolin. Segundo Franzói, em 2010, 85% dos acordos coletivos tiveram aumento salarial e, em 2011, 96% das categorias aumentaram seus salários, duplicando o número de negociações coletivas com avanços percentuais de 2% a 3% acima da inflação. O número de categorias que obteve 3% de aumento real triplicou no país na comparação com o estado. “Nos causa certo constrangimento o fato de os aumentos salariais no RS serem menores na comparação com o restante do país. Seria porque o estado é muito conservador?”, provocou o economista. Ele citou Pernambuco, onde os metalúrgicos tiveram reajuste de 5%, enquanto no RS foi de até 3%. Para Clemente Ganz Lucio, os movimentos sociais enfrentam o desafio de propor um modelo gerador de desenvolvimento com distribuição de renda, e com produção, consumo e vida econômica sustentáveis.

Acesso à Educação Superior
O país registrou um crescimento de 110% no número de jovens de 18 a 14 anos no Ensino Superior na última década, passando de 3 milhões de matrículas em 2001 para 6,37 milhões em 2010, sendo a maioria 74,2%, concentrada nas instituições de ensino privado. O levantamento é do Censo do Ensino Superior realizado pelo Ministério da Educação (MEC). Apesar de expressivo, o crescimento não foi suficiente para cumprir as metas do Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelecia a inclusão de 30% dos jovens no Ensino Superior até o ano passado. Em dezembro de 2010, o número de brasileiros dessa faixa etária matriculados em instituições públicas, privadas ou confessionais de Ensino Superior atingiu 17,4%. A meta do novo PNE, que só deverá ser votado no Congresso em 2012, é a inclusão de 33% da população dos 18 aos 24 anos na Educação Superior.

Escolaridade em alta
Mais da metade (51,45%) dos adolescentes de 14 anos do país já têm escolaridade superior à de suas mães. Dos jovens dessa faixa etária, 71% cursam os três últimos anos do Ensino Fundamental e 9,5% estudam no Ensino Médio. Os dados indicam uma baixa escolaridade das mães de alunos dessa faixa etária que apresentam, em média, 7,32 anos. O levantamento foi feito pelo programa Todos pela Educação e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), com base em dados da Pnad 2009, do IBGE.

PEC dos jornalistas
Por 65 votos a 7, o Senado aprovou em primeiro turno, no dia 30 de novembro, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 33/2009, que restabelece a exigência do diploma de curso superior de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, para o exercício da profissão de jornalista.

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