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Filho de policial mata três pessoas em duas escolas no Espírito Santo

Adolescente invadiu duas escolas e abriu fogo contra alunos e professores, matando duas professoras e um aluno e ferindo 16. Ele foi apreendido, mas seu nome é mantido em sigilo
Por Marcelo Menna Barreto / Publicado em 25 de novembro de 2022

Imagem: Reprodução

Adolescente invadiu duas escolas no Espírito Santo, atirou em 11 pessoas e matou duas professoras e uma criança

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Um adolescente de 16 anos foi apreendido por policiais militares horas após o atentado que levou à morte duas professoras e uma criança de 11 anos em duas escolas de Aracruz (ES), na manhã desta sexta-feira, 25. As motivações da chacina são investigadas pela polícia.

De acordo com o delegado João Francisco Filho, ao ser preso o jovem estava não manifestou arrependimento e alegou que fazia tratamento psiquiátrico. Para a Polícia Civil, o adolescente não tinha um alvo definido e teria agido por influência de grupos extremistas que se organizam na internet no país e no exterior.

No perfil do padrasto do atirador em uma rede social, os policiais encontraram uma biografia de Adolf Hitler e, na casa do jovem, foram achadas suásticas e materiais que fazem apologia ao nazismo.

Os ataques aconteceram nas escolas Primo Bitti e no Centro Educacional Praia de Coqueiral (CEPC), por volta das 9h50min.

A identidade do suspeito não foi divulgada pela polícia, que apurou que ele é enteado de um policial militar.

Em áudio vazado, um policial militar narrou a ação do atirador nas duas escolas.

“Tivemos um atentado cometido por um aluno, um adolescente, que estuda no turno da tarde no Colégio Bitti. Ele teria entrado na escola, na sala dos professores e também em outras salas, com uma pistola e vários carregadores. Atingiu seis pessoas e duas tiveram o óbito confirmado no local”, relata a gravação.

Em seguida, o adolescente saiu “em um veículo Renault Duster dourado e com placas tampadas, foi ao outro colégio. Lá, ele fez a mesma coisa, e atingiu cinco pessoas. Um óbito no local”.

Premeditado

O atirador usava macacão e chapéu camuflados, máscara com sorriso de caveira e um cinto preto com munições. Ele teria planejado o atentado durante dois anos.

A polícia apurou que usou duas armas do padrasTo, um tenente da Polícia Militar. Uma das armas é uma pistola da PM e a outra, um revólver.

O veículo usado no crime pertence ao pai do jovem. No primeiro ataque ele matou a professora de matemática Cybelle Passos Bezerra Lara, de 45 anos, e a professora de artes Maria da Penha Pereira de Melo Banhos, de 48.

Feridos graves

Três professoras de 38, 45 e 52 anos feridas a tidos foram encaminhadas em estado grave para o município de Serra (ES), a cerca de 40 quilômetros das escolas onde ocorreram os ataques, no litoral norte capixaba, a 81 quilômetros da capital, Vitória.

Elas foram submetidas a cirurgias no Hospital Estadual Doutor Jayme dos Santos Neves.

Outra docente, de 58 anos, foi atingida nas pernas e está internada no Hospital Estadual de Urgência e Emergência São Lucas, Vitória, capital do Espírito Santo.

Um menino de 11 anos ferido no abdômen e uma menina de 14 anos atingida com um tiro no crânio estão no Hospital Estadual Infantil Nossa Senhora da Glória.

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