JUSTIÇA

Diretoras de escola infantil são presas no interior gaúcho por suspeita de torturar alunos

Supostos crimes estariam ocorrendo desde 2022 em estabelecimento privado no centro de Serafina Corrêa
Por Marcelo Menna Barreto / Publicado em 26 de janeiro de 2024
Diretoras de escola infantil são presas no interior gaúcho por suspeita de torturar alunos

Foto: Polícia Civil/ Divulgação

Prisão ocorreu em escola de educação infantil privada localizada no centro de Serafina Corrêa

Foto: Polícia Civil/ Divulgação

Diretoras de uma escola de educação infantil privada foram presas preventivamente nessa quinta-feira, 25, em Serafina Corrêa, município da região nordeste do Rio Grande do Sul. As duas diretoras são suspeitas de promover maus tratos e torturas em alunos do estabelecimento de educação infantil que tem a faixa etária variando entre os sete meses e quatro anos de idade.

De acordo com as investigações, as agressões, maus-tratos e torturas ocorreram ao longo dos últimos três anos.

Os nomes das diretoras e do estabelecimento de ensino não foram divulgados, segundo a Polícia Civil gaúcha, para evitar exposição das crianças. O que se sabe é que são duas mulheres com 26 e 28 anos, respectivamente.

O titular da delegacia de Polícia Civil de Serafina Correa, Juliano Goelzer, não entrou em maiores detalhes sobre os supostos maus tratos que teriam sido aplicados pela dupla como forma de castigar alunos considerados indisciplinados.

No informe geral, a autuação das diretoras que se encontram agora no presídio de Guaporé, se deu como medida cautelar para que cessem as agressões e não haja interferência das acusadas nas investigações.

As denúncias

A ação dos policiais se deu após denúncias que chegaram à Polícia Civil.

Em um dos casos, uma menina de dois anos teria chegado em casa na semana passada com marcas de ferimentos no corpo. A família da criança suspeita que ela tenha sido agredida com mordidas.

Segundo a tia da criança, após muitas tentativas a aluna identificou uma das diretoras como a responsável pelos ferimentos. A criança inicialmente se manteve calada, mas foi indagada por diversas vezes e aceitou falar.

Há relatos também de uma criança que, além de ter sofrido agressões físicas, chegou a ser trancada em um box de banheiro sem luz por mais de uma hora, como forma de castigo.

Os supostos crimes que estão em investigação estariam acontecendo desde 2022.

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