MOVIMENTO

Ato na Refap dá início ao Dia Nacional de Luta pela Soberania Nacional

No Rio Grande do Sul, manifestação começou às 7h30, em Canoas. No final da tarde, às 17h30, será realizada aula pública na Esquina Democrática, em Porto Alegre.
Valéria Ochôa / Publicado em 3 de outubro de 2017
Ato na Refap reuniu petroleiros, metalúrgicos, bancários, professores e movimentos sociais

Manifestação reuniu petroleiros, metalúrgicos, bancários, professores e movimentos sociais

Foto: Valério Ochoa

Professores e funcionários das redes públicas e privadas de ensino, metalúrgicos, bancários, petroleiros e movimentos sociais realizaram ato em frente a Refinaria Alberto Pasqualini, em Canoas, na manhã desta terça-feira, 3, em defesa da Petrobras A manifestação começou às 7h30 e deu início a programação do Dia Nacional de Luta pela Soberania Nacional, no Rio Grande do Sul. No final da tarde, às 17h30, a Esquina Democrática, no centro de Porto Alegre, será palco para a aula pública Estatais e Soberania Nacional.

O Dia de Luta pela Soberania Nacional é uma iniciativa da Central Única dos Trabalhadores (CUT), junto com o Movimento de Atingidos por Barragem (MAB) e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. A data de hoje foi escolhida para as manifestações, segundo os organizadores, porque coincide com os 64 anos da lei que criou a Petrobras. Atos estão ocorrendo em diversas regiões do país em frente às empresas que estão no pacote de privatizações anunciados pelo Governo Temer, que inclui parte da Petrobras, Eletrobrás, hidrelétricas, Casa da Moeda, BNDES e Correios.

“Estamos defendendo o papel estratégico que o Brasil vai ter nos próximos anos”, afirma o presidente da CUT, Vagner Freitas. “Não se trata apenas da defesa do emprego, o que já seria uma questão importante, mas de mostrar à população os efeitos da política de privatização e desmonte do setor público, que poderá se traduzir, por exemplo, em aumentos das tarifas e do preço dos combustíveis, além da questão geopolítica.

O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, diz que esta é mais uma etapa importante da resistência ao desmonte do Brasil proposto pelo Governo. “Precisamos aumentar a massa crítica sobre as consequências dessa política que entrega o patrimônio nacional e acaba com a soberania de nosso país. Vamos acordar o povão!, vamos colher o máximo de assinaturas para revogar a reforma trabalhista”, conclamou no ato em frente a Refap.

A presidenta do Cpers/Sindicato Helenir Aguiar Schürer destacou que “a única forma de parar esta investida contra a soberania nacional e os trabalhadores é lutarmos juntos”. Esta não é uma luta só dos petroleiros”. Os professores estaduais estão em greve, desde 5 de setembro, contra os parcelamentos salariais.

O diretor do Sindicato dos Professores (Sinpro/RS), Cássio Bessa, citou ainda outros ataques do Governo, como a reforma trabalhista e as investidas contra o meio ambiente. “Nenhum país abre mão da sua matriz energética e de seus recursos naturais”.

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