MOVIMENTO

Sem diálogo, municipários de Porto Alegre mantêm greve

Depois de encerrar prazo sem que Marchezan apresentasse proposta, servidores da prefeitura decidiram manter o movimento grevista
Da Redação / Publicado em 23 de agosto de 2018

Comunicação Social/Simpa/Divulgação

Comunicação Social/Simpa/Divulgação

Os municipários em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira, 23 de agosto, decidiram continuar em greve pela negociação da Data Base com o prefeito. Os servidores definiram também um calendário de mobilização, com ato no HPS e caminhada até o Paço Municipal (24/8 – 9h); ato no Paço Municipal, com caminhada até a Procempa (27/8 – 9h), ato no Paço Municipal (28/8 – 9h) e nova assembleia geral municipária (28/8 – 14h). Ao todo são 24 dias de greve.

Na manhã da última quarta foi realizado o “Porto Alegre pelo Diálogo”, que reuniu centenas de municipários em greve, no Paço Municipal, com o objetivo de conseguir abrir a mesa de negociação com o prefeito Nelson Marchezan Jr. a respeito da Data Base 2018 da categoria. A manifestação contou com a entrega da carta assinada por personalidade de Porto Alegre, que pedem ao prefeito a negociação em nome da manutenção do diálogo e da democracia na cidade e com apresentações de alunos e educadores das escolas da rede municipal.

Apesar de ontem ser o prazo final oferecido pela Procuradoria Geral do Município (PGM) para que a Prefeitura abrisse uma mesa de negociação com os municipários, a mesma não ocorreu. O prazo havia sido estabelecido durante audiência de conciliação entre Simpa, PGM e Justiça, no dia 13 de agosto passado.

Trata-se da segunda maior greve de municipários na história de Porto Alegre, só ficando atrás da ocorrida no ano passado que chegou a 40 dias, tanto em extensão como em adesão, ambas na gestão de Nelson Marchezan Júnior. Para o diretor geral do Simpa Alberto Terres, o prefeito não quer dialogar com a cidade, não quer dialogar com os servidores públicos municipais.

O municipários pretendem negociar com o prefeito a respeito da reposição da inflação, que não é paga desde o ano passado, e sobre as demais reivindicações da categoria, como, por exemplo, nomeações de concursados, melhores condições de trabalho e revogação do projeto de lei que estabeleceu uma Previdência Complementar ao funcionalismo. O movimento também contesta o desmonte da Fasc e a retirada de projetos educacionais e de cidadania das escolas.

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