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MST amplia doação de alimentos nas periferias de Porto Alegre e região

Iniciativa contra a fome nas periferias da capital e Grande Porto Alegre foi anunciada com a doação de 12 toneladas de alimentos da reforma agrária
Da Redação / Publicado em 28 de junho de 2022

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Foto: Maiara Rauber/ MST/ Divulgação

Solidariedade: famílias de agricultores do MST direcionam parte dos alimentos produzidos nos assentamentos da reforma agrária para as famílias que passam fome na periferia

Foto: Maiara Rauber/ MST/ Divulgação

Famílias de agricultores assentados do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra pelo Rio Grande do Sul (MST/RS) realizaram no sábado, 25, a doação de 12 toneladas de alimentos produzidos nos assentamentos para 15 associações de moradores e 38 cozinhas comunitárias da capital gaúcha e de municípios da região metropolitana.

A iniciativa integra a 9ª Jornada da Agroecologia, marcada pela distribuição de parte do que é produzido nos assentamentos da reforma agrária a quem tem fome.

Desde o início da pandemia, as campanhas de solidariedade do MST já doaram mais de 6 mil toneladas de alimentos e 1,2 milhão de marmitas para pessoas e famílias em situação de fome e insegurança alimentar em todas as grandes regiões do país.

“Realizamos essa doação para marcar o dia que se comemora a festa da colheita. Essa é a nossa tarefa, enquanto Sem Terra, produzir alimentos e compartilhar nossas produções”, explica Geronimo da Silva, da direção estadual do MST.

Alimentos para quem tem fome

De acordo com o dirigente os assentados seguirão doando mensalmente alimentos para essas entidades com o intuito de fortalecer e organizar as comunidades. “Nós estamos contribuindo com um processo que já existia antes de nós. Esse é um trabalho organizado e puxado pelas mulheres da periferia”, explica.

Dentre os alimentos doados estão arroz orgânico, feijão, leite, mandioca, batata, moranga, abóbora, bergamota, laranja, repolho, beterraba entre outros. No total, as famílias compartilharam 12 toneladas de suas produções. Os assentamentos da reforma agrária no estado são referência na produção, beneficiamento e exportação de arroz orgânico na América Latina.

Diante de um cenário em que milhões de pessoas foram expostas ao desemprego, pobreza, fome e miséria no país nos últimos anos, a contribuição do MST é pequena, compara Geronimo. Ele lembra que existem 33 milhões de pessoas passando fome no Brasil.

“Nós, enquanto organização, estamos tentando fazer a nossa parte, pois sabemos que isso na verdade deveria ser um dever do Estado. Mas as famílias Sem Terra entendem a importância desses alimentos na mesa de quem mais precisa. Juntos vamos avançar e mudar o país”, sinaliza.

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